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43ª MOSTRA INTERNACIONAL DE CINEMA

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Sergey Vasiliev, diretor de “Pewpewpew”
23 de Outubro de 2019
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Sergey Vasiliev, diretor de “Pewpewpew”

“Eu usei a metáfora de um vírus que faz com que as pessoas desejem ser famosas para retratar a nova geração”



Um vírus começa a se espalhar rapidamente pelo mundo. As pessoas infectadas têm náuseas e vômito, mas também o desejo incontrolável de conseguir fama.

Em seu primeiro longa-metragem, Pewpewpew, o sueco Sergey Vasiliev usa essa metáfora para falar de uma epidemia real: a busca incessante e imediatista de uma nova geração pela fama.

Seu filme fala sobre um vírus que infecta as pessoas, mas também é uma crítica social, certo?

Sim. É tudo uma grande metáfora. Eu estou percebendo agora que a sinopse pode causa expectativas falsas, porque muita gente pensou que veria um filme sobre vírus, sobre contaminação, sobre zumbis [risos]. Mas é uma metáfora sobre como nossos valores estão mudando, especialmente como as pessoas se veem e como valorizam a fama no mundo atual.

No filme, são quatro personagens jovens que são os protagonistas. Por que você escolheu focar a trama em pessoas mais novas?

Não é que o vírus só afeta os jovens, ele afeta todos. Mas a nova geração, que são os adolescentes de hoje, cresceu em um mundo completamente diferente do nosso. Nós não tínhamos redes sociais, internet, smartphones… então, eu quis mostrar jovens afetados por esse vírus. Eu quis retratar a nova geração.

Todo o conceito do filme vem de quando eu estava estudando na faculdade e fiquei interessado em questionar a cultura dos fãs: como viramos fãs, quais são as regras entre os fãs e seus ídolos. Eu fiz um estudo qualitativo sobre isso, inclusive sobre o Instagram - e Rihanna, as Kardashians e outras personalidades que são famosas na rede - e qual o tipo de narrativa que nasce daí; como os fãs da Kardashian, por exemplo, interagem com ela.

E o interessante é que nossos ídolos não são mais intocáveis, porque estão perto de nós pelas redes sociais. Você pode falar com a Kim Kardashian, se você quiser. Ser famoso hoje é ficar menor, mais popular; porém, ao mesmo tempo, mais e mais pessoas jovens querem ficar famosas. As pessoas acham que ser famoso é muito fácil hoje em dia.

Atualmente, com YouTube, Instagram, temos a impressão que qualquer um pode ser famoso…

Exatamente. Não é necessário ter quase nenhuma habilidade. Em reality shows, as pessoas correm na praia de bíquini e pronto. Então, as pessoas acham que é muito fácil ser famoso. Elas acham que hoje vão criar um canal no YouTube e amanhã já serão famosas. Porque essa geração também é imediatista.

E eu fui pesquisando sobre isso e pescando algumas histórias de amigos, de pessoas no Facebook e criei os personagens do filme.

No filme, vale tudo para ser famoso?

Todos os personagens têm esse objetivo. E foi interessante porque tentei pensar em estratégias diferentes que esses adolescentes poderiam usar para conseguir a fama. Eles podem usar o corpo, modificá-lo, para ter maiores chances de ser famoso; outros podem usar a violência para chamar a atenção. Nós vemos, por exemplo, esses tiroteios em escolas nos Estados Unidos, em igrejas na Nova Zelândia… esses ataques todos tiveram um público que eles queriam atingir e tinham um manifesto. Então, a violência também acaba virando um meio para conseguir a fama, o que é bem assustador.

Eu li um artigo, acho que há uns dez anos, eles fizeram um questionário com as crianças de uma escola e 80% das meninas responderam que elas queriam casar com jogadores de futebol. Isso é outra estratégia para ser famoso. E dá para entender, porque é uma das formas mais fáceis de ficar famoso.

E a fama também tem a ver com o marketing e com a economia, porque os famosos estão lá porque também são bons em vender coisas.

Eu quis fazer um mosaico dessas coisas e conectar os pontos. Mas, por outro lado, eu não quis fornecer nenhuma resposta, eu só quis acender essa reflexão em quem assiste ao filme. Quis falar sobre tudo isso e usei a metáfora do vírus, porque realmente é uma epidemia.

Esse é seu primeiro filme e você dirigiu, roteirizou e produziu. Qual foi a parte mais difícil?

Eu precisei pensar em uma estratégia para conseguir fazer o filme, porque nós não temos dinheiro para o primeiro longa. E eu acho que fui um pouco ingênuo em criar esse roteiro, mas também sou bem teimoso, eu quis completar meu projeto sozinho. Aí eu percebi que ia demorar bastante, foram quatro anos trabalhando nisso.

Acho que o maior desafio é continuar. Porque, em muitos momentos, você pensa que está muito difícil e pensa em desistir. Mas, quando você tem tipo 60% do filme pronto, você pensa “ok, se eu desistir agora, tudo que eu já fiz vai para o lixo”. No final das contas, é uma boa motivação.

O desafio é conseguir equilibrar o roteiro e a direção, que você faz com paixão, com a parte mais estrutural, que é produzir. Eu acho que sou bom produtor, eu gosto de organizar coisas, fazer listas… mas é preciso mesmo ter o pensamento criativo e, ao mesmo tempo, o lógico, para saber o que dá para fazer ou não. Por isso que é bom ter outra pessoa produzindo, para te puxar para a realidade. Em “Pewpewpew”, eu fiquei brigando comigo mesmo.

Luiza Wolf
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