43ª Mostra
  • Films
  • Director
  • Editorials
  • Tribute
  • Jury
  • Interviews
  • News and Events
  • Mostra Journal
  • Podcast
  • Photos
  • Videos
  • III Fórum Mostra
  • Cinema Alemão: por Mariette Rissenbeek
  • Restorations
  • Staff Members
  • Acknowledgments
Versão Português
VignettePoster
  • 43ª MOSTRA
  • Films
  • Director
  • Editorials
  • Tribute
  • Jury
  • Interviews
  • News and Events
  • Mostra Journal
  • Podcast
  • Photos
  • Videos
  • III Fórum Mostra
  • Cinema Alemão: por Mariette Rissenbeek
  • Restorations
  • Staff Members
  • Acknowledgments
  • Info
  • General Info
  • Find the Theathers
  • Mostra Central
  • Press
  • Tickets
  • Partnerships
  • Apoiadores
  • Roteiro Gastronômico
  • Hospedagem
  • Instituições
  • ABMIC
  • Books
  • DVDs
  • Archive

43ª MOSTRA INTERNACIONAL DE CINEMA

[email protected]

X
home > Interviews >
Louis Godbout, diretor de “Mont Foster”
21 de Outubro de 2019
Compartilhar
Tweet
<     >

Louis Godbout, diretor de “Mont Foster”

“O personagem deve ser motivado. Não necessariamente por algo positivo, pode ser por medo, por neuroses… mas é necessário uma motivação que venha de dentro”



Louis Godbout é escritor e foi professor de filosofia por 17 anos. Ao viajar com a família para o interior, deparou-se com o cenário assustador da montanha - e teve a ideia para o roteiro de Mont Foster, exibido na 43a Mostra.

Na trama, o casal Mathieu e Chloé passa por uma experiência traumática e decide ir para uma casa em Mont Foster, uma montanha no Canadá, para curar as feridas e se reconectar. Lá, porém, eles passam por uma mudança dramática.

Como você teve a ideia para criar a história?

Essa é uma história engraçada, na verdade. A faísca inicial veio por acidente, eu estava viajando com minha namorada, meu filho e a namorada dele pelo campo. Era inverno e havia uma atmosfera um pouco assustadora. E, enquanto dirigíamos, chegamos em um portão e havia um peru selvagem lá.

Meu filho comentou que estava assustador, e eu pensei que seria um cenário legal para um filme. Mais tarde naquela noite, já na minha cama, eu fiquei pensando, tendo ideias sobre a atmosfera do filme. Tudo começou aí, mas tive mais uma ideia e tentei juntar as duas.
Mas a primeira inspiração foi por acidente mesmo.

E você gravou o filme mesmo em Mont Foster? Como foi a experiência de gravar um filme na montanha?

Sim. O filme foi gravado lá. Foi incrível, porque filmamos no outono. E gravamos tudo em ordem cronológica. Iniciamos as filmagens no começo do outono, lá pela terceira semana de setembro. E filmamos por três semanas.

No Canadá, ao longo dessas três semanas, todas as cores das árvores vão mudando. Então, saímos de uma atmosfera de verão na primeira semana e chegamos a ter neve na última semana. E isso combinou perfeitamente com o filme. Foi muito divertido. Mas teve muita chuva também.

Deve ser difícil filmar cenas externas nesse clima…

Sim. Mas, não sei, os deuses estavam cuidando de nós. Nós até levamos uma máquina de fazer neblina, mas, no fim, nem precisamos usar, porque o tempo estava tão ruim que tivemos neblina natural. Criamos cenas ótimas. A luz teria custado 10 ou 15 mil dólares, mas tivemos também a luz natural, então foi ótimo.

Você foi professor de filosofia por 17 anos. Acha que sua experiência na filosofia te ajuda como cineasta?

Sim, eu acho que todas as experiências contam. Essa, com certeza. Quando se estuda filosofia, você se especializa em condensar as coisas, fatos, experiências em conceitos. Quando você faz um filme, precisa fazer o contrário.

Seria difícil explicar isso em detalhes, porque eu mesmo preciso pensar sobre isso, mas a filosofia mudou minha cabeça em alguns aspectos e isso influenciou minhas ambições como cineasta.

Você também é escritor...

Bem, quando se ensina filosofia, você também precisa ser um escritor. Então, escrevi algumas teses. Foi escrevendo, na verdade, que tive a ideia de criar algum roteiro.

Como escritor e roteirista, o que você acha que é preciso parar criar bons personagens?

Essa é uma das perguntas mais importantes a serem feitas. Eu acho que o primeiro passo é partir das suas próprias experiências. Reunir os personagens que você conhece em sua própria vida. Ou, às vezes, ir além dos extremos do personagem que você quer criar. É preciso fazer com que ele seja verdadeiro, mas também interessante. É um desafio.

Mas acho que você deve evitar criar um personagem de fora para dentro, como ficar se preocupando muito em adicionar características. Isso provavelmente não vai funcionar. O personagem precisa ser motivado não necessariamente por algo positivo, ele pode ser motivado por medo, por neuroses… mas é necessário ter algo que move esse personagem e que vem de dentro.

Seus personagens são emocionalmente profundos, porque a história gira apenas em torno deles e do relacionamento deles.

Sim, sim. Tudo gira em torno deles. E eles são personagens bem diferentes. Ela tem uma mente quase mística e mostra muito o relacionamento dela com suas próprias emoções e sua natureza. Ele, por outro lado, é mais racional e cartesiano, para usar um termo da filosofia. Então, eles entram em conflito.

E como você escolheu os atores para interpretá-los?

Bem, eu não conhecia nem minha própria equipe muito bem. Eu conhecia os atores vagamente; os meus produtores que os indicaram para mim. Eu senti que ela entendeu imediatamente a personagem e percebi que nós estávamos na mesma frequência. E ele é um ator super intenso, disposto a fazer sacrifícios e não tem medo de ficar vulnerável. Eu fiquei muito feliz com a escolha.

Quanto tempo levou para que o filme ficasse pronto?

Nós gravamos por três semanas. Depois, fizemos um intervalo e começamos a editar em dezembro do ano passado. Terminamos no começo de fevereiro, mas aí eu decidi comprar um software de edição e eu refiz sozinho algumas partes. Fiz um novo corte, que custou um pouco mais de dinheiro e atrasou um pouquinho o lançamento. Tudo estava pronto por volta de maio de 2019.

Qual é o maior desafio para um diretor estreante?

Bem, agora que estou aqui em São Paulo, o desafio - que, provavelmente, é o mais fácil - é ser firme. Desde escrever a primeira palavra, se você também for roteirista, ou desde a preparação, até a filmagem, a edição, a trilha sonora… é muito trabalho. Quando você escreve um livro, sozinho, você sempre lida com as mesmas coisas, no seu próprio ritmo. Mas em um filme, você faz de tudo… até emocionalmente, intelectualmente. Isso exige muita energia. Então, é bem desafiador.

Além disso, há outros desafios… para mim, dirigir uma equipe toda e ser firme, precisar ser desagradável às vezes, porque você precisa que as coisas sejam feitas. E, mesmo assim, estar aberto aos feedbacks da equipe. Essa parte humana é bem complicada. E é algo que não tem como ser planejado. Mas eu estou só começando, talvez eu consiga dar uma resposta melhor daqui a um tempo.

Luiza Wolf
<     >
43ª MOSTRA INTERNACIONAL DE CINEMA
  • ABMIC
  • Books
  • DVDs
  • Archive
  • 43ª MOSTRA
  • Films
  • Director
  • Editorials
  • Tribute
  • Jury
  • Interviews
  • News and Events
  • Mostra Journal
  • Podcast
  • Photos
  • Videos
  • III Fórum Mostra
  • Cinema Alemão: por Mariette Rissenbeek
  • Restorations
  • Staff Members
  • Acknowledgments
  • Info
  • General Info
  • Find the Theathers
  • Mostra Central
  • Press
  • Tickets
  • Partnerships
  • Apoiadores
  • Roteiro Gastronômico
  • Hospedagem
  • Instituições

 

Lei de Incentivo
Proac

Patrocínio Master 

Itaú

Patrocínio 

SPCINE
São Paulo Capital da Cultura
Cidade de São Paulo
Sabesp
BRDE
FSA
Ancine

Parceria 

Sesc
CPFL Energia

Apoio 

Projeto Paradiso
Imprensa Oficial
Governo do Estado de São Paulo

Copatrocínio 

Petra

Colaboração 

Masp
Renaissance
Prefeitura de São Paulo
Auditório Ibirapuera
Itaú Cultural
Jazz Sinfônica
TV Cultura
Instituto CPFL
Conjunto Nacional
Casal Garcia
Velox Tickets

Transportadora Oficial 

Audi

Promoção 

Folha
Canal Curta TV
Rádio CBN
Telecine
Globo Filmes
TV Cultura
Arte1

Realização 

Mostra
ABMIC
Secretaria Especial da Cultura
Ministério da Cidadania
Pátria Amada Brasil
ABMIC - Associação Brasileira Mostra Internacional de Cinema © 2019