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Robert Eggers, diretor de “O Farol“
01 de Novembro de 2019
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Robert Eggers, diretor de “O Farol“

"A escuridão dentro da mente do ser humano é o tipo de horror que me interessa"



Curiosamente, um dos filmes mais procurados em pleno 2019, durante a 43ª Mostra, foi uma película em preto e branco ambientada no início do século 20. O Farol, último longa-metragem de Robert Eggers, tinha, inicialmente, apenas uma exibição prevista. No entanto, disputadíssimo pelo público, acabou ganhando duas novas sessões --sendo que, em uma delas, realizada no Auditório Ibirapuera nesta terça-feira, dia 29, ainda teve a presença de Eggers, Willem Dafoe (que protagoniza o filme ao lado de Robert Pattinson) e Rodrigo Teixeira, fundador da produtora RT Features, com apresentação de Renata Almeida, diretora do festival.

Em entrevista para a Mostra, Eggers conta que a ideia deste longa, que se passa em uma ilha com um grande farol, surgiu por conta do desejo inicial de fazer um longa-metragem em preto e branco. "Escrevi o roteiro com o meu irmão [Max Eggers] e queríamos criar uma atmosfera em preto e branco, em um farol. Depois, começamos a incluir os elementos da mitologia, dos contos de fada e de alguns folclores da região da Nova Inglaterra, que me interessam", explica.

Uma curiosidade é que o farol foi construído pela produção do filme em uma grande rocha no Atlântico. Eggers ainda faz uma piada, dizendo que o interior deste mirante, se filmado em cores, seria muito romântico. "O Robert Pattinson disse que lá dentro parecia um comercial da Ralph Lauren." E, definitivamente, este não é o clima do longa. Assim como em seu primeiro filme, A Bruxa (2015, 39ª Mostra), O Farol também se passa em uma região da Nova Inglaterra, em algum tempo remoto.

A obra, vencedora do Prêmio da Crítica da Quinzena dos Realizadores no Festival de Cannes, traz a história de dois homens: Thomas Wake (Dafoe), guardião de um farol, que contrata o jovem Ephraim [Pattinson] como seu ajudante. A chegada do rapaz, um jovem curioso em relação aos segredos do local, desencadeia uma série de estranhos fenômenos.

Abaixo e no vídeo, Eggers explica suas referências cinematográficas, fala do motivo de contar histórias situadas no passado e ainda comenta a experiência de trabalhar com Dafoe que, segundo ele, "é um dos melhores atores que já existiu". Leia:

É curioso que um dos filmes mais procurados desta edição da Mostra seja em preto e branco, não acha?

Escrevi o filme com o meu irmão e ele teve a ideia de fazer uma história de fantasma que se passasse em um farol. No final, acabou não saindo bem assim, mas logo no começo do projeto eu imediatamente imaginei um filme em preto em branco, com uma atmosfera suja e antiga e um enquadramento que ficasse em formato de caixa na tela. Claro, quando as ideias foram amadurecendo, fui aprendendo mais e descobrindo quais lentes estavam disponíveis para filmar. Mas tentamos capturar aquela intenção inicial.

E quais câmeras escolheu para chegar à fotografia do filme?

As câmeras não tinha nada em especial, mas a maioria das lentes era da década de 1930. Também usamos uma lente de 1905, da Pathé [empresa dos irmãos Pathé, na França], e lentes inspiradas no design do século 19. E gravamos com uma película ortocromática --do começo da fotografia de cinema-- que não é sensível ao vermelho e transforma tudo que é vermelho em preto. Então, o tom rosa da pele caucasiana se torna obscuro e você pode ver todos os poros e vasos sanguíneos no rosto da pessoa. Isso ajudou o Robert Pattinson a ficar ainda mais parecido com um marinheiro.

Sobre as suas referências para “O Farol”, você comentou sobre Eisenstein. Mas esse jogo de luz e sombra também lembra bastante o expressionismo alemão. Essa escola também o influenciou?

Não pensamos no expressionismo alemão, mas certamente pesquisamos filmes mudos do começo do cinema. O chiaroscuro intenso do filme aconteceu, porque, na verdade, buscamos uma luz mais natural para o filme. E se você coloca uma lâmpada no meio da sala, criar um chiaroscuro intenso. Além disso, a película cinematográfica que escolhemos tem essa qualidade primitiva de, repentinamente, destacar o preto. Mas, ao mesmo tempo, Murnau é um dos meus diretores favoritos, junto de Bergman, e sou profundamente apaixonado pelo expressionismo alemão. Então posso ter “roubado” algumas coisas por acidente.

Quando escreveram o roteiro, já tinha Dafoe e Pattinson em mente?

Eu não tinha eles em mente quando estava escrevendo. Estávamos mais pensando nos personagens em si [do que nos atores]. Mas, no momento que soube que o filme aconteceria, não me veio outras opções, além de Willem Dafoe e Robert Pattinson. Sou grato por eles terem aceitado trabalhar comigo. Para mim, não tinha melhores opções.

Você comentou que o Dafoe é um de seus atores preferidos. Como foi trabalhar com ele, então?

Dafoe quis me conhecer depois de ver A Bruxa --o que, para mim, foi bem chocante, já que sempre o considerei um grande herói. Fiquei ansioso para conhecê-lo, mas assim que começamos a conversar, depois de trocarmos umas palavras, percebi que tínhamos muitas coisas em comum. Agora vai soar que estou fazendo um grande elogio a mim mesmo, mas eu cresci bebendo da fonte de Willem Dafoe. Admiro muito suas atuações e elas moldaram demais a maneira como eu enxergo um ator.

Por que você se identificar com o terror para contar as histórias de seus filmes?

Eu gosto de contos de fada, mitologias e religião. Acho que é mais fácil fazer um filme se ele estiver identificado com um gênero. E um bom gênero para embalar esses temas que eu gosto é o terror. E eu gosto de terror. Gosto de Bergman e Michael Haneke mais do que de John Carpenter [risos].

Nos seus dois filmes, você contou histórias ambientadas no passado. Por quê?

Tenho certeza que tem a ver com meu repertório. Gosto de explorar o passado para entender o presente e para onde vamos. Um dos meus passatempos favoritos é pesquisar sobre o passado da nossa história. Claro, sou interessado pelas coisas materiais do mundo, mas também por como funcionava a mente dessas pessoas. Como pensavam naquela época?. Acho que se eu não trabalhasse com a minha criatividade e com cinema, eu provavelmente seria um arqueólogo.

Bárbara Stefanelli
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