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Ana Paula Pintado Cortina, roteirista de “Coração de Mezquite”
27 de Outubro de 2019
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Ana Paula Pintado Cortina, roteirista de “Coração de Mezquite”

“Tentei me colocar no lugar da menina Lucia, me conectar com os sentimentos dela e entender como eu me sentiria se eu fosse uma yoreme e se eu tivesse essa vida”



Em Coração de Mezquite, Lucia é uma menina yoreme - um povo nativo do México - que quer tocar harpa. Mas, de acordo com a tradição de sua comunidade, apenas homens podem tocar o instrumento.

Com direção de Ana Laura Calderón e roteiro de Ana Paula Pintado Cortina, o filme usa a barreira da música para explorar um cenário mais profundo: o desejo que a menina Lucia tem de se aproximar mais de seu pai.

Como você conheceu o povo yoreme?

Bem, eu sou antropóloga. Eu fiz uma viagem com outros antropólogos e com a diretora do filme, Ana Laura Calderón. Naquela época, ela já era minha amiga, ela editou alguns documentários que fiz. Ela foi na viagem conosco porque ela queria fazer algumas imagens da viagem. Quando estávamos lá, ela falou comigo e me disse que queria fazer uma história sobre povos indígenas e música. E aí nós conhecemos um homem incrível, que é dançarino. E ele nos contou uma história de uma mulher que tocava harpa, há muitos anos, nos tempos da revolução no México. Com essa ideia, essa história, eu me inspirei e comecei a escrever esse roteiro.

A história também é sobre desigualdade de gênero? Porque a garota do filme quer tocar harpa, que é um instrumento proibido para mulheres…

Na verdade, acho que é algo mais complicado. Porque não é exatamente sobre desigualdade de gênero, é mais sobre se perguntar “o que é desigualdade de gênero em uma cultura assim”?

Sim, porque, para eles, é realmente uma questão cultural…

Exato. Então, o que essa menina tenta fazer é responder a pergunta “mas por que as mulheres não podem tocar harpa?”. E isso, de certa forma, é explicado no filme. É um mundo muito difícil… por exemplo, os homens que tocam harpa. Quando eles não tocam em rituais, eles precisam ir para bares e tocar lá para ganhar dinheiro. Então, eles ficam lá a noite inteira, lidando com pessoas bêbadas… é um mundo bem difícil. Mesmo quando eles tocam em rituais, tem gente bêbada lá também [risos]. E eles ficam muitos dias sem dormir, sabe?

Então, acaba sendo também um cenário um pouco perigoso para as mulheres. Acho que é mais por aí… não é sobre questionar se os indígenas são ou não machistas. É tentar ir mais fundo e tentar entender toda a situação.

E é real que as mulheres yoreme não podem tocar harpa?

Sim, isso faz parte da cultura deles. Mas, ao mesmo tempo, hoje em dia, há bem mais pessoas abertas a mudanças. Agora, há meninas que estão começando a dançar, por exemplo, que também era só para homens. Então, atualmente, está mudando… é uma discussão que teremos por muitos anos, porque há pessoas que são abertas a essas mudanças e outras que são mais tradicionais.

O que foi preciso para criar Lucia, a protagonista? Na sua opinião, o que é preciso para criar um bom personagem, que conduza um filme?

É uma pergunta difícil. No caso de Coração de Mezquite, eu tentei me colocar no lugar da menina Lucia. Acho que esse é o primeiro passo. Tentei me conectar com os sentimentos dela, suas emoções, tentei entender como eu me sentiria se eu fosse uma yoreme e se eu tivesse esse tipo de vida. Como eu me sentiria se eu fosse essa menina? Acho que, assim, você consegue criar personagens bons.

Qual foi seu maior desafio no processo de “Coração de Mezquite”?

O processo todo foi bem difícil para mim. O mais difícil foi conseguir montar uma história em que mostrasse que Lucia, a menina, procurava por outra coisa, no final das contas. No começo, ela quer tocar a harpa, mas, na verdade, o que ela quer mesmo é se mais próxima de seu pai. Então, o mais difícil conectar essas duas ideias. A harpa foi o canal que ela usa para se aproximar do pai, mas, ao mesmo tempo, havia um grande problema em tocar o instrumento. Então, há o problema da música, mas também os relacionamentos familiares.

Você é antropóloga e roteirista. Pensa em trabalhar em mais projetos que unam as duas profissões?

Sim, agora estou trabalhando em dois novos roteiros. Um deles também é sobre uma mulher, mas é uma mulher que vive na cidade grande.

Eu trabalho muito com povos nativos. Agora estou trabalhando em um documentário sobre o povo Tarahumara, que vive no norte do México. O filme será sobre a revolução e os povos indígenas.

Luiza Wolf
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