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43ª MOSTRA INTERNACIONAL DE CINEMA

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João Moreira e Pedro Santo, diretores de “O Filme do Bruno Aleixo”
25 de Outubro de 2019
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João Moreira e Pedro Santo, diretores de “O Filme do Bruno Aleixo”

“Quando recebemos o convite da produtora para fazer o filme, consideramos que o Aleixo é que estava recebendo esse convite. Por isso, é um filme sobre fazer um filme”



Em 2008, os portugueses João Moreira e Pedro Santo criaram o personagem cômico Bruno Aleixo. Nos vídeos do YouTube, Aleixo tinha a aparência de um ewok - criação de George Lucas para o universo de “Star Wars” - e falava sobre o cotidiano, dava conselhos, sempre com tiradas rápidas e engraçadas.

O personagem fez sucesso no YouTube, na rádio e foi para a TV - para evitar problemas de direitos autorais com a LucasFilm, Aleixo virou um cachorro. Mas continuou com as tiradas irônicas, o eventual mau humor e ainda mexia apenas os olhos e a boca.

Em 2019, Bruno Aleixo ganha seu próprio filme. Em O Filme do Bruno Aleixo, o personagem recebe o convite de uma produtora (“a empresa lá do cinema”, ele diz) e precisa bolar um roteiro que seja uma cinebiografia sua. Para ter ideias - ele precisa entregar tudo naquele mesmo dia -, ele convida para um café os seus amigos Bussaco, Busto e Renato.

À medida que os amigos vão dando ideias, o espectador as vê sendo interpretadas por atores reais: são cenas baseadas em séries de comédia, as sitcoms, em filmes de investigação policial ou em longas de terror trash.

O Bruno Aleixo surgiu em 2008. Como que foi a ideia de fazer um filme e por que agora?

João - Surgiu o convite da [produtora] O Som e a Fúria há seis anos. Foi isso?

Pedro - Sim, o primeiro contato foi há seis anos. E nos convidaram para escrever um longa, mas nos deram bastante tempo. O processo demorou…buscamos apoios, subsídios… Demorou um pouquinho. Não foi nem uma questão de nós acharmos que era a hora certa para um filme, foi mesmo o convite da produtora. Não sei como é aqui no Brasil, mas em Portugal o processo costuma mesmo ser muito demorado. Entre o primeiro esboço e a entrega, demora muito. A pessoa precisa maturar a ideia, há concursos para conseguir financiamento, a pós-produção…

João - E nós estamos acostumados a trabalhar com modelos mais rápidos. No rádio, gravamos hoje para ir ao ar amanhã. E mesmo na internet e na TV a cabo, é bem rápido, a produção não leva tanto tempo. Para nós, então, isso é muito novo… o filme demorar meses para sair. Nós não estamos acostumados.

Pedro - Na verdade, se contarmos o tempo que, de fato, trabalhamos com filmagem e pós-produção, deu um ano.

João - Nós tivemos várias versões do roteiro, porque ele foi reescrito algumas vezes. Tivemos duas grandes versões, que ficaram bem diferentes. Mas depende muito, porque dá para escrever o roteiro em uma semana ou ir escrevendo com calma…

Pedro - Mesmo nessa versão do roteiro, que usamos, tínhamos uns quatro ou cinco meses para entregar…

João - Mas foi só na última semana que a gente fez mesmo. A gente trabalha sob pressão. Como o cinema tem prazos muito longos, a gente espera chegar perto do fim para começar a fazer alguma coisa [risos].

Pedro - Mas não recomendamos que as pessoas façam isso! [risos]

João - Cada um com seu modus operandi.

No filme, o Bruno Aleixo também deixa tudo para a última hora…

João - Isso. Na verdade, quando recebemos o convite da produtora para fazer o filme, consideramos que o Aleixo é que estava recebendo esse convite. E por isso que, no filme, o Luis Urbano, que é o próprio produtor, faz a proposta ao Bruno Aleixo.

Pedro - E aconteceria exatamente assim, ele deixaria para a última hora. E pensamos que ele chamaria os amigos para ajudá-lo. E aí, eles não entendem muito cinema, mas usam referências de filmes que já viram.

João - Eles fazem tudo na pressa, tudo correndo…

Pedro - As ideias que aparecem ali são dos personagens. Nós tentamos desconstruir os gêneros de cinema. Mas nós somos meros veículos daquelas personagens, então pensamos nas ideias que eles teriam e só fomos costurando isso no filme. Nós colocamos vários gêneros de filme ali e tivemos preocupações estéticas, mas fomos desconstruindo as narrativas do cinema.

João - Basicamente, uma ausência de respeito pelos gêneros do cinema [risos], que é bem o que as personagens queriam. Elas são pessoas que veem um filme, mudam de canal, não têm noção de ritmo de filme.

Pedro - Sim, porque são pessoas normais, que não trabalham com isso, então elas não sabem fazer cinema.

João - Na cena de cinema policial, por exemplo, é tudo muito simples, só tem um suspeito, que é apanhado logo. Seria um filme policial péssimo [risos].

É interessante vocês terem feito um filme sobre fazer um filme…

João - É por isso que chama “O Filme do Bruno Aleixo”, porque é um filme que o Bruno Aleixo faria, e não um filme sobre o Bruno Aleixo.

O filme é formado de várias esquetes, como se fossem curtas. Por que vocês escolheram esse formato?

João - A própria personagem está muito associada a esse modelo, de conversas rápidas. Está mais nesse universo de internet, esquetes… é diferente do tempo que o cinema geralmente tem.

Pedro - Temos uma questão que tivemos que driblar logo, porque os bonecos não se mexem muito e eles não iam segurar uma hora e meia de filme. Então, driblamos isso com os atores. Pensamos em ter os atores interagindo com os bonecos, até já fizemos isso, mas, mesmo assim, seria difícil sustentar 90 minutos.

João - Nossa opção foi pegar linguagens cinematográficas, porque os bonecos às vezes podem apelar para essa linguagem, mas eles não são do cinema. Mas usamos essa linguagem com os atores para que a narrativa aguentasse 90 minutos.

Como foi a escolha dos atores para o filme? Vocês os convidaram porque já os conheciam…?

João - Esses atores são muito conhecidos em Portugal. É que, aqui no Brasil, perde-se um pouco dessas referências. Mas o Fernando Alvim, por exemplo, é um apresentador de televisão bem famoso e ele também é DJ. Ele é conhecido pelas duas coisas.

Pedro - Na hora de escolher, tivemos o cuidado para conseguir ver as personagens naqueles atores. E também que conseguíssemos nos aproximar e convidá-los… porque o Bruno Aleixo, em Portugal, apesar de tudo, é muito cult, como é aqui no Brasil. Não é um personagem extremamente popular, ele é de nicho.

João - Muita gente não conhece o Bruno Aleixo.

Pedro - Procuramos atores que topassem participar, procuramos saber quais seriam bons para o filme… A produtora já tinha alguns contatos. E fomos procurando assim. Porque, para quem não conhece, o roteiro era muito esquisito.

João - O roteiro era muito estranho, porque são só personagens falando. Quem não conhece essas personagens nem sabe o que está acontecendo. Porque os bonecos vão interrompendo o filme o tempo inteiro. É um roteiro difícil. E nós estamos acostumados a trabalhar com orçamentos bem pequenos, então trabalhamos com pessoas que conhecemos, em lugar que sabemos que podemos gravar… no filme, também foi um pouco assim. Tínhamos, claro, um orçamento maior, mas tentamos trabalhar desse mesmo jeito.

Quanto tempo levou para gravar?

Pedro - Foram duas semanas, o que é bem rápido para um longa-metragem.

João - É que tem muita coisa que é animação, uns 40% do filme. Mas, mesmo assim, foi bem rápido.

A animação é rápida de fazer?

Pedro - É mais rápida do que os outros tipos de animação, com certeza, porque os bonecos não se mexem muito.

João - Mas tem que tomar alguns cuidados. A boca é mais ou menos automática, mas a expressão facial é feita segundo a segundo. É mais rápida que outras animações, mas não é também um aplicativo simples… sei lá, que você possa colocar a cara do Faustão e pronto. Até dá para fazer isso um dia, é uma ideia [risos].

O Aleixo tem muitos fãs no Brasil, e é legal porque o filme tem referências ao Brasil, às novelas brasileiras…

João - Sim! As novelas brasileiras são muito populares em Portugal. Quer dizer, agora um pouco menos, mas na nossa geração e na geração dos nossos personagens, era muito popular. Só passava em um canal, e todo mundo assistia à mesma novela. Tinha uma no almoço e uma no jantar, e todo mundo via. Era uma cultura popular que, na época, era compartilhada. Tudo virava piada.

Pedro - No fim dos anos 1980, Portugal começou a fazer as próprias novelas.

João - Mas eram muito ruins, até hoje não são boas. Ainda passam as brasileiras, mas as pessoas não veem muito… a última que viram muito acho que foi “Avenida Brasil”.

Pedro - A última que vi foi “O Rei do Gado” [risos].

João - Teve também aquela com a Renata Sorrah, que ela fazia a Nazaré e roubava um bebê. “A Senhora do Destino”, que virou meme! [risos]

O Bruno Aleixo já tem fãs em Portugal e no Brasil. Vocês pensam em levá-lo para outros países?

João - Agora, com o filme, até fizeram legendas em inglês, mas acho que não vamos lançar em outros lugares… Até podemos, mas acho que não tem planos. Bom, só lançando para saber.

Pedro - Quando criamos o Bruno Aleixo, nunca pensamos em chegar ao Brasil também. Isso aconteceu de forma totalmente orgânica, pela internet.

João - Mas é diferente para outros países, porque tem a barreira da língua.

Pedro - É, aqui no Brasil encontraram o Aleixo na internet e acharam engraçado, por causa do sotaque. Em outros lugares, isso não funciona. Mas não sei… teve alguns estrangeiros que fizeram intercâmbio em Coimbra que viram os vídeos. Mas nunca tentamos também legendar os vídeos. Pode ser que um estrangeiro esteja lá no YouTube e pense “que bizarrice é essa?” [risos]. No programa de TV, até temos momentos de música, que são mais universais, mas não temos muita experiência com audiência estrangeira.

Luiza Wolf
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