43ª Mostra
  • Filmes
  • Diretores
  • Editoriais
  • Homenagens
  • Júri
  • Entrevistas
  • Notícias e Eventos
  • Jornal da Mostra
  • Podcast
  • Fotos
  • Vídeos
  • III Fórum Mostra
  • Cinema Alemão: por Mariette Rissenbeek
  • Restaurações
  • Equipe
  • Agradecimentos
English Version
VinhetaPôster
  • 43ª MOSTRA
  • Filmes
  • Diretores
  • Editoriais
  • Homenagens
  • Júri
  • Entrevistas
  • Notícias e Eventos
  • Jornal da Mostra
  • Podcast
  • Fotos
  • Vídeos
  • III Fórum Mostra
  • Cinema Alemão: por Mariette Rissenbeek
  • Restaurações
  • Equipe
  • Agradecimentos
  • Informações
  • Informações Gerais
  • Encontre as Salas
  • Central da Mostra
  • Imprensa
  • Ingressos
  • Parceiros
  • Apoiadores
  • Roteiro Gastronômico
  • Hospedagem
  • Instituições
  • ABMIC
  • Livros
  • DVDs
  • Arquivo

43ª MOSTRA INTERNACIONAL DE CINEMA

[email protected]

X
home > Entrevistas >
Nicolas Graux, diretor de “O Século da Fumaça”
22 de Outubro de 2019
Compartilhar
Tweet
<     >

Nicolas Graux, diretor de “O Século da Fumaça”

“Sempre senti um pertencimento bastante irracional no Laos. De alguma maneira, eu tinha a sensação de que eu pertencia àquela realidade, mesmo sendo tão longe da minha.”



Em O Século da Fumaça longa de estreia do belga Nicolas Graux, o diretor mostra a vida de Laosan, um jovem viciado em ópio, que vive nas florestas do Laos. Para realizar o documentário, Graux visitou o vilarejo no Laos durante vários verões, até ganhar a confiança dos habitantes e, finalmente, levar sua câmera. Ao longo destes anos, quando voltava para a Bélgica, estudava o idioma do Laos, assim como analisava os mapas da região, para aprender a se locomover lá dentro sozinho. Na entrevista a seguir, Graux conta como foi esse mergulho na cultura do Laos, assim como foram os processos de gravação de seu primeiro longa documental.

Como você conheceu Laosan?

Eu viajo para o Laos há mais de dez anos. Começou como uma viagem normal, eu estava no sudoeste da Ásia e, quando cheguei ao Laos, senti algo diferente, quase que magnético. Parece que eu não conseguia mais ir embora. Tinha algo misterioso naquele país que eu estava interessado em saber mais, então precisava me aproximar das pessoas --especialmente, do povo que vive nas áreas remotas mais ao Norte, próximo da fronteira com a China.

Então, quando voltei para a Bélgica, comecei a estudar o idioma do Laos, para aprender a me comunicar com eles. E também passava horas pesquisando imagens de satélite para localizar as vilas nas florestas e entender o que teria de fazer para andar de uma vila para a outra, quantos rios eu teria de cruzar e coisas do tipo. Isso virou uma obsessão por muitos anos.

Você ia sozinho para o meio da floresta?

Eu voltava todo verão para o Laos, enquanto estudava cinema, e apenas caminhava sozinho pela floresta e dormia nas vilas. Sempre senti um pertencimento bastante irracional no Laos. De alguma maneira, eu tinha a sensação de que eu pertencia àquela realidade, mesmo sendo tão longe da minha.

E desde o início você pensou em gravar um filme?

Não, eu não tive a intenção de gravar por muito tempo. O impulso de começar um filme veio, em 2012, quando eu conheci Laosan e sua família. A primeira vez que cheguei à essa vila, eu já conheci Laosan e, mesmo sabendo que a realidade dele era muito diferente da minha, eu me reconheci profundamente nele, em suas incertezas e dúvidas existenciais. Eu decidi ficar com ele, então. Na primeira vez, passamos três semanas. E aí começou a nascer uma confiança entre nós dois. E aos poucos, passei a entender a dimensão da realidade dele, lutando contra o vício em ópio --fonte de subsistência daquele vilarejo.

E você já começou a gravar logo no primeiro encontro com Laosan?

Não, na primeira vez, eu tinha só uma câmera fotográfica e fiz só umas fotos. Dessa vez, eu fiz mais anotações no meu diário. O processo foi bem devagar, porque eu precisava ir com calma para entender onde eu estava, mas também precisava conquistar a confiança deles. Aos poucos, fui apresentando a câmera a eles, fazendo testes, só para eles entenderem o que eu queria fazer.

Você filmou tudo sozinho?

Em um momento, eu levei um operador de câmera comigo. E ele também acabou virando parte da “família”. E, pouco a pouco, mostramos às pessoas da vila que estávamos filmando.

E como foi a aceitação deles?

Por causa deste longo processo, já havíamos construído uma relação de confiança. Então, eles entenderam que eu não era do governo e que não faria nada para prejudicá-los. Eles sabiam que eu estava lá para gravar o que eles quisessem falar.

E Laosan assistiu ao filme?

Ainda não. Não tenho como me comunicar com ele; o único jeito é indo lá. Estou planejando essa viagem, mas sei que agora não posso mostrar esse filme para a comunidade toda, porque algumas coisas que foram ditas, por conta desta relação de confiança, não podem ser expostas lá dentro. Principalmente, o que as mulheres da comunidade me disseram --se elas forem expostas, pode ser perigoso. Talvez daqui uns anos eu mostre, mas agora eu quero apenas voltar pela amizade e mostrar algumas cenas. Sei que o mais importante para eles foi o processo de fazer o filme. Eles não têm uma expectativa sobre o resultado.

Bárbara Stefanelli
<     >
43ª MOSTRA INTERNACIONAL DE CINEMA
  • ABMIC
  • Livros
  • DVDs
  • Arquivo
  • 43ª MOSTRA
  • Filmes
  • Diretores
  • Editoriais
  • Homenagens
  • Júri
  • Entrevistas
  • Notícias e Eventos
  • Jornal da Mostra
  • Podcast
  • Fotos
  • Vídeos
  • III Fórum Mostra
  • Cinema Alemão: por Mariette Rissenbeek
  • Restaurações
  • Equipe
  • Agradecimentos
  • Informações
  • Informações Gerais
  • Encontre as Salas
  • Central da Mostra
  • Imprensa
  • Ingressos
  • Parceiros
  • Apoiadores
  • Roteiro Gastronômico
  • Hospedagem
  • Instituições

 

Lei de Incentivo
Proac

Patrocínio Master 

Itaú

Patrocínio 

SPCINE
São Paulo Capital da Cultura
Cidade de São Paulo
Sabesp
BRDE
FSA
Ancine

Parceria 

Sesc
CPFL Energia

Apoio 

Projeto Paradiso
Imprensa Oficial
Governo do Estado de São Paulo

Copatrocínio 

Petra

Colaboração 

Masp
Renaissance
Prefeitura de São Paulo
Auditório Ibirapuera
Itaú Cultural
Jazz Sinfônica
TV Cultura
Instituto CPFL
Conjunto Nacional
Casal Garcia
Velox Tickets

Transportadora Oficial 

Audi

Promoção 

Folha
Canal Curta TV
Rádio CBN
Telecine
Globo Filmes
TV Cultura
Arte1

Realização 

Mostra
ABMIC
Secretaria Especial da Cultura
Ministério da Cidadania
Pátria Amada Brasil
ABMIC - Associação Brasileira Mostra Internacional de Cinema © 2019