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43ª MOSTRA INTERNACIONAL DE CINEMA

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Tiago Guedes, diretor de “Tristeza e Alegria na Vida das Girafas”
22 de Outubro de 2019
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Tiago Guedes, diretor de “Tristeza e Alegria na Vida das Girafas”

“ Eu queria fazer um filme triste e alegre ao mesmo tempo, que falasse sobre a dor do crescimento, que pode ser um processo violento”

Uma menina precisa lidar com problemas de gente grande em Tristeza e Alegria na Vida das Girafas.

Dirigido por Tiago Guedes, o filme é baseado na peça homônima do dramaturgo Tiago Rodrigues. Na trama, uma menina vive sozinha com o pai e sofre com a perda da mãe. Devido a problemas financeiros, o pai não pode mais pagar a TV à cabo - e a criança perde o Discovery Channel, seu canal favorito.

A menina, chamada de Girafa, coloca na cabeça que a única pessoa que pode ajudá-la a recuperar o Discovery Channel é o primeiro-ministro. Ela sai em uma aventura pelas ruas de Lisboa, acompanhada de seu ursinho de pelúcia, Judy Garland - a quem ela vê como um homem enorme, barbudo e mal-humorado, que não economiza palavrões.

No caminho, fantasia e realidade se misturam. A garota encontra pessoas reais e outras que ela imagina, como o escritor e dramaturgo russo Anton Tchékhov.

Por que você se interessou em adaptar a peça para o cinema?

Eu tinha tido uma experiência um pouco traumática na minha família e eu queria falar sobre como uma criança sobrevive à perda de um de seus pais. Queria muito falar sobre esse tema. Coincidentemente, vi a peça de Tiago Rodrigues, que fala bastante sobre esse tema. E, ao mesmo tempo, eu conhecia o álbum do Manuel Cruz, que faz a música.

Decidi que eu queria cruzar esses três mundos: o sentimento, a música e a peça com os personagens - a menina e o urso, eu queria colocá-los para sempre no cinema, porque o teatro é efêmero, ele passa e desaparece. Foi essa a razão.

A história tem muito humor, tem vários aspectos lúdicos - porque tudo é contado do ponto de vista de uma criança - e também tem temas mais pesados, como a perda, o crescimento, o amadurecimento muito rápido. A menina protagonista lida com problemas de adultos. Como é equilibrar tudo isso em um filme?

Foi o maior desafio, mas também era isso que me interessava. Eu queria fazer um filme agridoce, que fosse triste e alegre ao mesmo tempo. E era muito importante que fosse um filme que falasse sobre a dor do crescimento. Porque crescer é difícil, é um processo violento. E, quando temos experiências traumáticas, precisamos crescer de uma forma mais dolorosa e mais depressa. Eu queria muito falar sobre isso.

Na peça, uma atriz adulta interpreta a protagonista, que é criança. No filme, você optou por uma atriz-mirim…

Sim, tinha que ser. Eu disse ao autor, o Tiago, que eu precisava de uma criança. No teatro, nós entramos numa viagem de faz-de-conta. No palco, há uma mulher adulta e nós viajamos com ela; os códigos são outros. Em cinema, se eu coloco uma adulta para interpretar uma criança, eu tornaria a coisa numa fantasia um pouco forçada, já não há a mesma ligação. Para mim, era fundamental que fosse uma criança. O Tiago concordou absolutamente em tudo, e partimos daí. E, de fato, uma criança ter um urso, que é um amigo imaginário, que é um adulto barbudo e agressivo, ainda é mais contrastante. Essa foi uma das principais razões.

Como foi adaptar o roteiro junto com o Tiago Rodrigues?

Eu adaptei numa primeira fase. Ou seja, eu não fiz nada da adaptação, mas fui vendo e dizia uma ou outra coisa para ele. Na montagem do filme, eu mexi um pouco mais. Mas eu dei liberdade total para ele. Conheço o Tiago muito bem, somos amigos e confiamos muito um no outro.

Além da atriz, que é adulta no teatro e criança no cinema, vocês precisaram mudar mais alguma coisa no processo de adaptação?

Sim, houve várias coisas. Na peça, poucos atores interpretam vários personagens. No filme, preferimos um ator para cada personagem, menos o Tchékhov, que é o mesmo ator que faz o pai. Mas eu quis manter isso, porque o Tchékhov é uma imagem que a menina projeta sobre o pai, que é ator, dela durante sua aventura, então faz sentido. Eu quis muito cruzar esses universos, essas fronteiras entre o que é real e o que é imaginário. Nós nunca sabemos bem onde estamos, e isso é uma intenção do filme.

A peça mostra muito a aventura da menina por Lisboa, que é representada no palco. No filme, dá para mostrar a Lisboa de verdade. Como foi gravar nas ruas da cidade?

Foi muito duro, porque nós filmamos sem apoio financeiro. Tínhamos muito pouco dinheiro quando filmamos. Os atores aceitaram trabalhar de graça por um tempo, depois conseguimos apoio para finalizar o filme, então agora já está tudo resolvido. Mas todos assumiram o risco.

Mas foi difícil, porque o tempo foi muito curto, nós filmamos em três semanas. Mas foi bom. Dois dos atores do filme são da peça também, e eu já os conhecia e queria fazer o filme com eles. Portanto, foi um processo duro, porque não tínhamos muita equipe de produção, filmamos na rua sem autorização. Mas foi muito bom, porque havia um foco e uma vontade muito grande da equipe toda. E isso é espetacular.

Como foi a escolha da Maria Abreu, a atriz para o papel principal?

A Maria tinha sete anos quando eu quis começar a fazer o filme. Ela era muito pequena, não dava. Fomos tentando arranjar financiamento e não conseguimos. E a Maria foi crescendo. Até que chegou um momento em que ela não podia crescer mais [risos]. Porque, se ela crescesse mais, não seria mais adequada para o papel. E foi aí que nós decidimos que queríamos fazer com a Maria e vamos fazer agora, sem financiamento, do jeito que der. E assim foi.

Nós filmamos quando ela tinha 11 anos. Mas eu queria muito fazer o filme com a Maria, porque ela já conhecia muito a peça, gostava da peça, conhecia o universo… não é fácil para uma criança contracenar com tantas asneiras e tantos palavrões. Então, era algo bem delicado, mas a Maria já trazia tudo isso com ela. E é uma atriz extraordinária. É uma criança, mas é uma atriz excepcional.

Luiza Wolf
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