43ª Mostra
  • Filmes
  • Diretores
  • Editoriais
  • Homenagens
  • Júri
  • Entrevistas
  • Notícias e Eventos
  • Jornal da Mostra
  • Podcast
  • Fotos
  • Vídeos
  • III Fórum Mostra
  • Cinema Alemão: por Mariette Rissenbeek
  • Restaurações
  • Equipe
  • Agradecimentos
English Version
VinhetaPôster
  • 43ª MOSTRA
  • Filmes
  • Diretores
  • Editoriais
  • Homenagens
  • Júri
  • Entrevistas
  • Notícias e Eventos
  • Jornal da Mostra
  • Podcast
  • Fotos
  • Vídeos
  • III Fórum Mostra
  • Cinema Alemão: por Mariette Rissenbeek
  • Restaurações
  • Equipe
  • Agradecimentos
  • Informações
  • Informações Gerais
  • Encontre as Salas
  • Central da Mostra
  • Imprensa
  • Ingressos
  • Parceiros
  • Apoiadores
  • Roteiro Gastronômico
  • Hospedagem
  • Instituições
  • ABMIC
  • Livros
  • DVDs
  • Arquivo

43ª MOSTRA INTERNACIONAL DE CINEMA

[email protected]

X
home > Entrevistas >
Fernando Spiner, diretor de “A Boia”
21 de Outubro de 2019
Compartilhar
Tweet
<     >

Fernando Spiner, diretor de “A Boia”

“Toda minha história como cineasta faz sentido por causa desse filme.”



O diretor argentino Fernando Spiner tem uma carreira consistente em seu país. No entanto, para ele, A Boia, seu oitavo longa, é o mais especial de sua vida. O documentário, bem pessoal, retrata a vida de Spiner, de seu pai e de Aníbal, seu amigo de longa data --com quem desenvolveu o ritual de, todo verão, nadar até uma boia. O costume surgiu quando ambos tinham por volta de 11 anos, mas é algo que, curiosamente, também remete a seus antepassados. Na entrevista, o diretor conta que seu avô, ao fugir da Ucrânia por conta da perseguição a judeus, acabou se jogando do barco no Rio da Prata apenas segurando uma boia. Para o diretor, “somos também o legado dos que nos antecederam” --herança a qual ele agora eterniza em A Boia.


Pelo que notei, esse filme tem um toque especial para você, certo?

Absolutamente. Todos meus filmes anteriores, até os que ganharam prêmios e láureas, não se comparam a satisfação de ter feito A Boia. Este filme é muito especial para mim, é meu oitavo, mas é a primeira vez que retrato um tema tão pessoal.

O ponto de partida do longa era fazer algo sobre o meu povo, gravar um filme do meu grande amigo da infância e adolescência, que se transformou em poeta. No começo da filmagem, esse meu amigo me conta que, quando eu fui morar na Itália para estudar cinema, meu pai --que morreu há 15 anos-- se tornou quase como pai adotivo dele na época e também se transformou em poeta. E aí ele me mostra as poesias de meu pai, que eu não conhecia. O filme acabou se tornando um reencontro com meu pai, por meio de sua poesia.

E como nasceu esse ritual de nadar até a boia todos os anos?

Já faz 40 anos que [eu e meu amigo] colocamos uma boia no mar e vamos nadando até ela, durante todos os dias do verão. O ritual surgiu quando tínhamos 11 anos e os salva-vidas nos levaram mar adentro até uma boia. Nesse momento, nós dissemos: “Vamos fazer isso por toda a vida!”. E seguimos cumprindo até hoje.

Já virou praticamente uma tradição familiar, então?

Fazendo o filme eu descobri a história de meu bisavô, que escapou da Ucrânia por causa das execuções dos judeus. Quando ele chegou ao porto de Buenos Aires, não deixaram [a tripulação] entrar com a embarcação, porque muitos haviam contraído a febre de tifoide durante a viagem. E meu bisavô --que tinha uma namorada morando em Buenos Aires-- cortou uma boia e se arremessou no Rio da Prata. Essa história também está contada no filme. Por isso, acredito que somos também o legado dos que nos antecederam.

No material do filme, você diz que foi “uma cura” fazer este documentário.

Não há nada mais curador e vital de que reconhecer quem alguém realmente é. E nada mais charmoso do que homenagear um grande amigo, meu pai, minha mãe e meu povo. É como se toda minha história como cineasta tivesse razão de existir por causa desse filme. É um privilégio.

E como está o momento do cinema na Argentina?

O cinema argentino está passando por um momento de grande dificuldade, porque o Instituto Nacional do Cinema e Artes Audiovisuais (Incaa), que segue a linha das políticas neoliberais do governo de direita na Argentina, se esqueceu da cultura --especialmente das produções independentes. Só interessa a eles as produções comerciais que têm bastante público, quando, na realidade, é o cinema independente que constrói a identidade cultural e que dá voz à diversidade. Como o cinema independente denuncia a pobreza, marginalidade, controle dos meios e a manipulação das pessoas, eles odeiam o cinema independente. Não apoiam e o deixam de lado. Acredito que, se nas próximas eleições o governo de direita ganhar de novo, periga de o cinema argentino desaparecer.

E como você acha que o cinema independente pode encontrar formas de não depender do incentivo governamental?

Acredito que isso seja praticamente impossível, dada as condições de distribuição dos cinemas. Em 95% das salas, exibem cinema americano, porque é o que vende. Esse é o negócio. Então, o cinema tem que ter apoio do Estado --especialmente, o cinema independente. Sem isso, não se pode fazer filmes. Tem que haver leis que imponham que o cinema argentino seja visto nas salas da Argentina, assim como tem que haver leis que digam que o cinema brasileiro precisa passar nas salas daqui. Eu até posso fazer um filme sem o apoio do Estado, com meus amigos, não pagando nada e colocando atores desconhecidos no elenco. E depois, onde eu mostro esse filme? Como faço para que chegue ao público?

A Boia você fez com incentivo do estado?

Sim, do governo anterior. Já estava aprovado e tiveram que me dar [o financiamento], mas só me deram dois anos depois [da aprovação].

Bárbara Stefanelli
<     >
43ª MOSTRA INTERNACIONAL DE CINEMA
  • ABMIC
  • Livros
  • DVDs
  • Arquivo
  • 43ª MOSTRA
  • Filmes
  • Diretores
  • Editoriais
  • Homenagens
  • Júri
  • Entrevistas
  • Notícias e Eventos
  • Jornal da Mostra
  • Podcast
  • Fotos
  • Vídeos
  • III Fórum Mostra
  • Cinema Alemão: por Mariette Rissenbeek
  • Restaurações
  • Equipe
  • Agradecimentos
  • Informações
  • Informações Gerais
  • Encontre as Salas
  • Central da Mostra
  • Imprensa
  • Ingressos
  • Parceiros
  • Apoiadores
  • Roteiro Gastronômico
  • Hospedagem
  • Instituições

 

Lei de Incentivo
Proac

Patrocínio Master 

Itaú

Patrocínio 

SPCINE
São Paulo Capital da Cultura
Cidade de São Paulo
Sabesp
BRDE
FSA
Ancine

Parceria 

Sesc
CPFL Energia

Apoio 

Projeto Paradiso
Imprensa Oficial
Governo do Estado de São Paulo

Copatrocínio 

Petra

Colaboração 

Masp
Renaissance
Prefeitura de São Paulo
Auditório Ibirapuera
Itaú Cultural
Jazz Sinfônica
TV Cultura
Instituto CPFL
Conjunto Nacional
Casal Garcia
Velox Tickets

Transportadora Oficial 

Audi

Promoção 

Folha
Canal Curta TV
Rádio CBN
Telecine
Globo Filmes
TV Cultura
Arte1

Realização 

Mostra
ABMIC
Secretaria Especial da Cultura
Ministério da Cidadania
Pátria Amada Brasil
ABMIC - Associação Brasileira Mostra Internacional de Cinema © 2019