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Olivier Assayas, diretor homenageado na 43ª Mostra
20 de Outubro de 2019
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Olivier Assayas, diretor homenageado na 43ª Mostra

“Fazer cinema é explorar o mundo, confrontar a você mesmo com a história e a história moderna”



Homenageado com o Prêmio Leon Cakoff, o cineasta francês Olivier Assayas apresenta seu novo filme, Wasp Network, na 43ª Mostra.

A trama é baseada no livro Os Últimos Soldados da Guerra Fria, de Fernando Morais, e acompanha dissidentes cubanos, que, nos anos 1990, fugiram do país e foram para os Estados Unidos, onde começaram uma rede de espionagem para desestabilizar o governo de Fidel Castro.

Com produção do brasileiro Rodrigo Teixeira, Wasp Network tem no elenco Penélope Cruz, Wagner Moura, Gael García Bernal, Edgar Ramirez, Ana de Armas e Leonardo Sbaraglia.

Além de seu longa mais recente, a Mostra faz uma retrospectiva da carreira de Assayas, com uma seleção de 15 filmes.

Na entrevista a seguir, Assayas comenta sobre o processo de realização de seu novo trabalho, além de falar sobre sua carreira.

Você fez muitos filmes autorais, que você dirigiu e escreveu do zero. Mas “Wasp Network” veio de um convite do produtor brasileiro Rodrigo Teixeira. Então, o projeto já existia. O que o fez aceitar dirigir e adaptar o roteiro do filme?

Eu sou muito interessado não nos filmes que já fiz, mas nos filmes que ainda não fiz. Possivelmente coisas que me dão uma sensação de perigo, de tentar fazer algo diferente, que não me é familiar.

Outra coisa que foi ótima nesse projeto foi a possibilidade de fazer um filme de uma cultura completamente diferente, que eu não conheço muito. Eu nunca tinha ido para Cuba, eu sabia bem pouco sobre a política de lá, sobre a relação com os Estados Unidos.

Eu gosto dos filmes que são mais íntimos, filmes franceses, baseados na minha realidade, e continuarei fazendo esses filmes. Mas, ao mesmo tempo, fazer cinema é explorar o mundo, confrontar a você mesmo com a história e a história moderna. É como se um pintor trabalhasse com uma tela maior. Foi isso que o Rodrigo me trouxe.

Como foi adaptar o livro de Fernando Morais?

É um livro muito sério, com muita pesquisa. Ele é cheio de fatos e nuances de interpretação desses fatos. Para transformar isso em um filme, é preciso escolher alguns personagens e tentar olhar a história de um ponto de vista humano.

Mas eu fiquei fascinado pela história, eu não a conhecia ainda, eu não sabia o que tinha acontecido. Fiquei muito interessado em pesquisar tudo isso, mas me interessei mais ainda pelo o que aquelas pessoas passaram.

Quero dizer, aqueles espiões cubanos que se infiltraram na sociedade americana, na Flórida, levando vidas duplas, deixando suas famílias para trás, se reinventando em uma sociedade completamente diferente.

Eu achei que isso era muito fascinante. Para mim, é até mais interessante do que o contexto político.

Como foi filmar em Cuba? Foi desafiador?

Bem… a resposta curta é: eu não planejo filmar de novo em Cuba num futuro próximo [risos]. Não, estou brincando. Eu preciso ser muito grato aos cubanos, porque o filme só teria sido possível se tivesse sido filmado lá. Nós não teríamos conseguido construir Havana em nenhum outro lugar. Nós fomos autorizados a filmar em lugares que geralmente são fechados, como na sede do serviço secreto, nas torres de controle da Força Aérea, nos aviões de guerra… então, sou muito grato, porque assim o filme tomou proporções muito maiores.

Mas é extremamente difícil fazer um filme em um país que está numa situação econômica tão difícil. Tudo é muito difícil lá. Quando você faz um filme, você vive o medo dos turistas, num mundo paralelo dos turistas, mas também testemunha como as pessoas vivem, e elas não têm nada.

E, claro, como cineasta, fica difícil de conseguir móveis para as cenas, adereços, equipamento… você precisa levar tudo. E não tem aviões privados que possam trazer tudo isso dos Estados Unidos. Sabe, tudo foi muito difícil. E é um estado totalitário, bem burocrático, então às vezes é simples e às vezes é muito difícil.

Você teve um elenco incrível. Como foi trabalhar com atores latino-americanos?

É um prazer que você consegue ter quando trabalha fora da sua própria cultura. É uma chance de trabalhar com atores com os quais você nunca trabalharia. Para mim, foi uma oportunidade incrível poder trabalhar com esses atores, que agora são meus amigos.

Eu adorei descobrir atores como Wagner Moura, que eu conhecia de nome, mas não conhecia muito bem. Ele é um dos melhores atores da atualidade. Então, foi um privilégio muito grande. Também não conhecia o Leonardo Sbaraglia; eu já tinha trabalhado com o Edgar Ramirez. A Penélope Cruz… bom, sou fã dela desde que ela começou a fazer filmes.

Mas foi uma oportunidade ótima trabalhar com esse elenco incrível, porque fiz a aposta maluca de fazer um filme em espanhol, que é uma língua que entendo bem, mas não falo muito. Então, claro, foi bem mais difícil fazer um filme em espanhol do que em francês ou em inglês, que tenho muito mais referências.

A Mostra exibe uma retrospectiva de sua carreira, com 15 filmes seus. Ao vê-los, nós percebemos mudanças nos filmes: há a influência da música, do cinema asiático e do cinema clássico francês, depois tramas mais contemporâneas, thrillers… Como você vê seu cinema hoje, neste ponto da sua carreira?

Bom, eu tive muita sorte, porque fiz muitos filmes no contexto do cinema independente, na França. Isso significa que, com sorte, você pode trabalhar com a liberdade que é parecida com a liberdade de um escritor de livros.

Acho que criei, filme após filme, um corpo de trabalho que conecta todos os filmes, embora todos sejam diferentes. Mas acho que eu sempre estou olhando para as mesmas coisas, eu só mudo o ângulo. Eu sempre olho para a realidade moderna ou para a realidade de um passado recente e mudo as perspectivas para adicionar um toque da minha visão de mundo.

Eu tenho mesmo um sentimento profundo de que meus filmes se complementam. Quando eu faço filmes históricos, como Os Destinos Sentimentais (2000), que se passa no começo do século 20… eles se passam no mesmo mundo de filmes super modernos, como Irma Vep (1996) ou Espionagem na Rede (2002). Sabe, essas realidades coexistem, nenhuma é separada da outra. Acho que tento expressar por meio dos meus filmes a diversidade da experiência humana.

Luiza Wolf
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