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Mischa Hedinger, diretor de “O Espelho Africano”
20 de Outubro de 2019
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Mischa Hedinger, diretor de “O Espelho Africano”

“Eu quis criar uma experiência nova, para que o público mergulhe em uma visão de mundo dos anos 1950”



O suíço Mischa Hedinger conhece a África - tão bem que ficou incomodado com os estereótipos que geralmente acompanham as imagens do continente.

A partir do trabalho e dos registros do viajante e compatriota René Gardi (1909-2000), Hedinger criou o documentário O Espelho Africano, que mostra o continente pela visão, muitas vezes colonialista, de Gardi.

Na conversa abaixo, Hedinger comenta sobre seu documentário e sobre as questões que envolvem a relação entre África e Europa.

Seu documentário tem um tema bem interessante. Como você construiu esse projeto? Por que quis fazer um filme sobre o trabalho de René Gardi?

Eu fui várias vezes para a África, para fazer filmes pequenos. E sempre me senti muito estranho por ser um cineasta branco, que fala outra língua, tem outra cultura. Então fiquei pensando sobre os estereótipos e a imagem que temos do continente africano lá na Europa. Também pensei no papel da mídia em transmitir essa imagem da África. E foi aqui que comecei a construir o projeto.

Eu lembrei de livros de René Gardi que meus pais tinham na casa deles. E li um texto sobre os arquivos dele e fiquei impressionado, porque ele tem muito material. Eu comecei a entrar em contato com esse arquivo e consegui ter acesso a ele.

A sua pesquisa deve ter sido bem grande, porque você teve acesso a muitas imagens. Quanto tempo levou?

Eu comecei em 2014. O filme levou uns cinco anos para ficar pronto. Foi uma mistura interessante de pesquisa e edição, porque o documentário é completamente feito de imagens de arquivo. Eu só trabalhei mesmo com o material de René Gardi. Pesquisei fotos, filmes, rolos de filmes, áudios em fitas, participações em programas de TV, programas de rádio, diários de viagem… peguei todo esse material e comecei a construir minhas próprias cenas. Então, a pesquisa e a edição foram acontecendo ao mesmo tempo.

A maioria dos documentários tem imagens de arquivo e filmagens atuais. Por que você escolheu trabalhar apenas com arquivo?

Eu quis criar uma experiência nova, para que o espectador mergulhe em uma visão de mundo dos anos 1950 e 60. Assim, as pessoas começam a pensar assistindo a esse filme… eu acho que cria algo diferente na cabeça delas. Acho que é uma experiência que você não teria se os materiais de arquivo e imagens atuais fossem misturadas.

Eu não quis explicar nada, como: isso é racista, isso é errado, isso não deve ser feito… É uma abordagem bem diferente.

É uma abordagem interessante, porque as pessoas veem a África cheia de estereótipos, mas a maioria não conhece realmente o continente.

Sim. Quis fazer esse documentário porque nós também temos uma visão colonialista do continente africano. Claro que era diferente na década de 1950, mas ainda acho um assunto bem atual.

Acho que essas conexões são criadas na cabeça do espectador, eu preferi não colocar nada explicado no filme. Nós olhamos essas imagens com um olhar do mundo atual, então conexões certamente são feitas.

E outra coisa bem interessante é que a Suíça é um país que nunca teve colônias. Então eu também quis falar de pensamento colonialista na Suíça. Nós nunca tivemos colônias, mas fomos colonialistas, e não se fala muito disso.

Você já apresentou o filme na Suíça?

Ele vai ser lançado daqui a um mês. Eu estou preparando o lançamento. Estou muito curioso sobre o impacto que vai ter. Acho que o público lá está bem ansioso em discutir esse assunto.

O documentário também foi feito e pensado para o público suíço, justamente para causar essa reflexão.

Mas é um tema bastante interessante para outros países também.

Sim, é interessante para um público maior, de outros países, porque acho que é um tema que tem apelo global.

E o René Gardi é bem famoso na Suíça, mas não é muito conhecido em outros países. Eu quis usar o trabalho dele como uma ferramenta para falar sobre projeções e fantasias sobre a África. Então, o filme não é bem sobre ele, é mais sobre essa visão europeia sobre a África.

Você já apresentou o documentário em outros festivais?

Sim, ele estreou no Festival de Berlim e passou em outros festivais também. Foi uma experiência bem intensa, porque tive que terminar o filme muito depressa, para poder estrear em Berlim. Foi muito interessante, maravilhoso, mas também foi muito estressante. Mas valeu muito a pena.

Luiza Wolf
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