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Benjamin Bond, diretor de “The Drifters“
19 de Outubro de 2019
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Benjamin Bond, diretor de “The Drifters“

“Sou muito interessado em outras culturas, especialmente em como as pessoas são livres, ou não, para viver suas próprias vidas”



Vindo do Reino Unido, Benjamin Bond chegou a São Paulo para exibir The Drifters pela primeira vez - o filme estreia na 43ª Mostra.

Em seu primeiro longa-metragem como diretor, Bond conta a história de um casal de imigrantes que sai de Londres e tenta viver uma vida livre em uma pequena cidade litorânea.

Abaixo, o diretor falou sobre sua estreia na direção e o processo de criação do filme.

Nos seus filmes, você se preocupa muito em mostrar outras culturas. De onde vem essa paixão?

É uma boa pergunta. The Drifters é uma história de amor, antes de mais nada. É sobre dois imigrantes que se conhecem em Londres e se apaixonam. E os dois querem liberdade e oportunidades, mas vivem em um mundo no qual o sistema é feito para não permitir que eles saiam da situação em que estão.

E eu sou muito interessado nisso, especialmente em como as pessoas são ou não livres para viver as próprias vidas. É o que move o roteiro do filme. Os personagens têm que decidir como derrotar o sistema ou viver como puderem dentro dele e melhorar um pouco sua circunstância de vida.

Acho que é um filme muito atual, vivemos em um mundo de disputas, de imposição de barreiras, de ditaduras, de destruição da natureza. E, no filme, duas pessoas olham para o mundo e perguntam: o que temos? Um ao outro, ideias, paixão e a natureza, que tem um papel grande no filme. E eles precisam com o que eles têm.

O problema é que eles querem fazer parte do mundo. O mundo é brilhante e lindo. E como eles o acessam e por que é tão difícil para eles?

The Drifters é doce no sentido de que eles estão curtindo o verão, é bem ensolarado, mas há também problemas com os quais os personagens precisam lidar. E, no fim das contas, será que eles podem ficar juntos nesse tipo de mundo? Eu espero que o filme tenha um apelo universal.

Os personagens saem de Londres e vão para uma cidade litorânea. Como você escolheu a locação do filme?

Isso foi bem fácil, porque eu cresci nessa cidade do litoral. Eu queria muito fazer o filme sobre algo que eu conhecesse intimamente. E também a paisagem lá é bem especial. Acho que contraria o que as pessoas pensam do Reino Unido. O clima é muito quente e ensolarado, porque filmamos no verão e demos a sorte de pegar um tempo bom. É um lugar que tem praias com areia vermelha e um mar muito azul. Então, as cores primárias - vermelho, azul e amarelo - estão presentes no filme.

E eu senti que, se era para fazer um filme pessoal, que fosse em um lugar ou uma paisagem que eu conhecesse de forma muito íntima. Assim, também é possível fazer um trabalho melhor, porque eu sabia para onde ir e o que filmar para aproveitar bem o orçamento.

Falando em orçamento, como é para um diretor estreante financiar um filme no Reino Unido? É muito difícil?

É! Mas é difícil para todo mundo, em qualquer lugar. Fazer filmes independentes é muito difícil. Nós tivemos sorte em alguns aspectos. Tivemos apoio de duas agências do governo, mas eles não colocaram nenhum dinheiro. A verba veio de investidores e iniciativas privadas, que estavam olhando para o filme e para a nossa equipe como um investimento a longo prazo. E, ao fazer filmes independentes, você precisa achar essas pessoas. E é bem difícil, mas esse é o jogo. É assim no Brasil, no Reino Unido, nos Estados Unidos… isso não muda. Você precisa ser ousado, e isso não é fácil.

Mas há vantagens em não ter budgets enormes. Nós ficamos completamente livres para gravar - tudo que é bom ou ruim no filme é mérito da nossa equipe. Não tínhamos ninguém por trás fiscalizando o trabalho ou nos dizendo como gravar. Isso é um privilégio.

Como foi a experiência de dirigir um longa-metragem pela primeira vez?

Extremamente positiva, eu adorei. Todo mundo disse que seria muito difícil, que seria um pesadelo. E não foi nada assim. Eu filmo comerciais há dez anos. Então, eu já conhecia minha equipe muito bem, eu sei quais são seus pontos fortes, como eles trabalham.

Então, a experiência nem foi tão nova, foi mais pelo comprimento do filme. E saber como laçar a história para que tudo fizesse sentido. Isso é bem diferente do que filmar em 30 segundos.

Mas eu estava bem confiante. Eu tive ótimos atores. E nós filmamos na praia, com sol… não tem como ser ruim, né? E fazer o filme que você quer fazer, do jeito que você quer, é muito significativo.

Como foi a escolha dos atores para os papéis principais?

Bem, eu tive uma diretora de casting fantástica e talentosa, a Isabella Odoffin. Ela trabalhou em filmes bem grandes e sabia que fazer o casting para The Drifters seria bem difícil, porque um dos papéis principais precisaria de um jovem descendente de africanos.

Quando estávamos procurando por esse ator, percebemos o quão pequeno é esse nicho. E não porque não há bons atores africanos, há muitos, mas eles não tem exposição, as pessoas não sabem quem eles são. Então, a Isabella fez um trabalho sensacional e, no fim, ela me indicou o Jonathan Ajayi, que vai ser uma grande estrela, e ele estava em uma peça escrita pelo mesmo roteirista de Moonlight. Ele foi uma força da natureza, e eu sabia que ele era a pessoa certa logo de cara.

Lucie [Bordeau], que interpreta a outra protagonista, atua na televisão desde que tem 15 anos, acho. Então, ela cresceu na indústria e tem muita experiência. Acho que o filme foi uma oportunidade para ela, porque ela pôde trabalhar com um material diferente do que o que ela está acostumada. Ela ficou bem animada.

Quando ela chegou para o teste, ficou bem claro para mim que ela entendia muito essa personagem e que ela tinha muito em comum com a personagem - não tirando o mérito da atuação dela, claro, mas ela já tinha o senso de humor, a fragilidade, mas também a coragem. Tudo estava muito presente nela.

Acho que sabíamos bem o que queríamos desde o começo. Outra vantagem em fazer um filme de baixo orçamento é que pudemos contratar quem nós realmente queríamos para os papéis; não precisamos contratar nenhum ator por ter apelo ao público. Pudemos escolher pessoas que são extremamente talentosas e certas para o papel.

The Drifters estreia na Mostra, certo?

Sim, eu acabei de terminar o filme. Terminamos há um mês, mais ou menos, ainda estamos preparando o trailer.

Mas fiquei muito animado em vir para São Paulo. Sei que a Mostra começou nos anos 1970 e sempre teve motivação política. Devido à situação atual do Brasil - e o governo nacionalista no meu próprio país -, eu pensei que não haveria momento melhor ou mais interessante para apresentar o filme.

O Brasil tem um mercado muito grande, tem quase o mesmo número de pessoas do que no mercado norte-americano. E sei que 50% da população aqui tem ascendência africana, e meu personagem principal também… eu achei que o filme realmente teria um impacto aqui. E, além disso, é uma história de amor no verão, quem não gosta disso? [risos]

Por ter personagens de outras culturas, seu filme parece ter um apelo global. Acho que o público de outros festivais pelo mundo também vai se identificar com o filme…

Sim, essa foi uma decisão bem consciente. Eu não quis fazer um filme independente britânico, sobre temas britânicos, apesar que eles até aparecem um pouco. Mas eu quis mesmo personagens de origens bem diferentes, de outros países. E acho que qualquer um, em qualquer lugar, pode entender o que significa querer ter liberdade para viver como quiser. Isso deveria ser um direito humano básico, mas não é.

E os personagens também são jovens, acho que isso tem um apelo legal. Quem sabe o que vai acontecer com eles depois do filme? Essa é uma pergunta que eu quis provocar nas pessoas.

O filme foi mesmo pensado para atravessar fronteiras. É um filme europeu sobre uma história de amor, mas The Drifters é também político. Eu não me sinto bem com a nossa situação e não tenho medo de expor isso.

Luiza Wolf
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