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43ª MOSTRA INTERNACIONAL DE CINEMA

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EDITORIAL - 35ª Mostra



AS CENSURAS DE ONTEM, A LIBERDADE DE HOJE


Chegamos à nossa 35ª Mostra Internacional de Cinema saudando uma dívida íntima de longa data. Elia Kazan é considerado por muitos críticos o maior cineasta que Hollywood já produziu. Esse americano nascido na Turquia de pais gregos foi o responsável, com a criação do célebre Actor’s Studio, por uma revolução na arte de interpretar no cinema. Seus atores exibiram nas telas uma naturalidade nunca vista antes no cinema clássico americano. Sem Kazan, não haveria Marlon Brando ou James Dean. Não haveria também um olhar rigoroso sobre as fissuras da sociedade americana, como a corrupção nos sindicatos (Sindicato de Ladrões, 1954), a corrupção da mídia (Um Rosto na Multidão, 1957) e a repressão sexual (O Clamor do Sexo, 1961).

Durante anos, a obra de Kazan caiu no ostracismo por conta de seu envolvimento com o macarthismo, a caça às bruxas contra artistas de posições comunistas em Hollywood. A Mostra, que até agora não havia exibido seus filmes, colabora com sua reabilitação artística promovendo uma grande retrospectiva de sua obra, com nove filmes que abarcam o período mais fértil de sua carreira no cinema, de 1945 a 1962. Com seus personagens que saltam da tela com seus dilemas e sofrimentos, um sopro de vitalidade num grande sistema que já começava a envelhecer, ele influenciou toda uma geração de Hollywood nos anos 1970: John Cassavetes, Sidney Lumet, Francis Ford Coppola —e seu mais fiel discípulo, Martin Scorsese, autor da maior declaração de amor já feita no cinema, Uma Carta para Elia (2010), que iremos reexibir como parte da homenagem.

Scorsese, ele, também tem seu método de trabalho e suas influências esmiuçados num precioso livro de entrevistas, Conversas com Scorsese, de autoria de Richard Schickel, um dos expoentes da crítica americana. O livro é o 11º fruto da nossa longa parceria com a Cosac Naify, editora sempre preocupada em preencher as lacunas da bibliografia fundamental sobre cinema em língua portuguesa. E ainda poderemos rever a obra-prima de Scorsese, Taxi Driver (1976), na cópia restaurada digitalmente e exibida no último Festival de Berlim.

Na outra ponta do mundo, reveremos os filmes de outro grande mestre, herdeiro da diáspora armênia: o georgiano Sergei Paradjanov, morto em 1990. Paradjanov encantou o público de São Paulo pela primeira vez em 1987, quando a 11ª Mostra exibiu A Lenda da Fortaleza Suram, inspirado numa lenda de sua Geórgia natal, obra embebida em forte realismo fantástico, que levou o Prêmio da Crítica daquele ano. Católico fervoroso e homossexual declarado, iconoclasta e acusado de tráfico de imagens religiosas, Paradjanov era dotado de uma liberdade artística que lhe valeu anos de prisão pelo tirano regime soviético. Longe dos princípios limitadores do realismo socialista, o único estilo permitido pelo regime, suas fantasias delirantes sobre a dura realidade incomodavam. Além da chance de rever obras-primas como A Cor da Romã (1968) e O Trovador Kerib (1988), teremos a chance de conhecer, numa exposição no Museu da Imagem e do Som (MIS), 60 desenhos e colagens inspirados que ele começou a desenvolver em seus períodos de prisão. Colagens que Paradjanov chamava de “filmes comprimidos”, seu grito de liberdade em meio ao autoritarismo.

Para completar esse retrato de bravos cineastas na luta por liberdade de expressão nas trevas do regime soviético, aproveitamos para apresentar todos os filmes de um irmão espiritual de Paradjanov, o russo Aleksei German. Em 40 anos de carreira, German concluiu apenas cinco filmes, todos de espírito crítico avassalador, que conseguiram rodar o mundo em grandes festivais —seu último filme, Khrustalyov, Meu Carro! (1998), competiu no Festival de Cannes. Vivo e atuante aos 73 anos, German luta para concluir seu sexto longa, uma ficção científica, em 2012.

2011 é também o ano de comemorar o centenário de nascimento de um dos melhores e mais prolíficos compositores da história do cinema, o italiano Nino Rota. Os filmes de Fellini não teriam a mesma alma sem a música de Rota, uma música que o cinema nos ensinou a associar às melhores memórias da infância e da juventude. Suas trilhas para Amarcord, Noites de Cabíria, A Doce Vida e 8½, entre tantos outros, cravam na memória emotiva dos cinéfilos. Mas Rota não viveu só de Fellini e, entre suas mais de 150 composições para o cinema, assinou trilhas para Moniccelli, Visconti, Elio Petri, Zefirelli, René Clair, Coppola. Para relembrarmos a força de Nino Rota, poderemos rever A Doce Vida, de Fellini, e O Leopardo, de Visconti, em cópias restauradas pela sempre colaborativa Cineteca di Bologna.

É tempo também de comemorar os 40 anos de Laranja Mecânica, de Stanley Kubrick, o maior filme já feito sobre a violência em seus diversos graus. O filme chega ao público de São Paulo numa bela cópia restaurada exibida no Festival de Cannes deste ano. Para entender o impacto que o filme causou na época —foi retirado de cartaz na Inglaterra e só voltou a ser reexibido nos cinemas em 2000, após a morte de Kubrick—, o francês Antoine de Gaudemar retraçou a história do filme num documentário fundamental, Era Uma Vez... Laranja Mecânica, também em nossa seleção.

Paradjanov, German, Kubrick... Graças à luta de artistas, ativistas e produtores, a repressão do passado evoluiu para tempos de liberdade e diversidade artística. É o mesmo caminho da Mostra, que comemora neste ano a data quase redonda de 35 anos. Lá se vão 27 anos, por exemplo, do mandado de segurança que interrompeu a 8ª Mostra logo após a sessão de O Estado das Coisas, de Wim Wenders, no Cine Metrópole. O estado das coisas hoje felizmente é outro. E a Mostra tem o orgulho de ter participado ativamente dessa mudança de rumos —e continuar contribuindo para o enriquecimento cultural do Brasil. As grandes obras perduram para além de seus criadores, e o evento é hoje um patrimônio consolidado de São Paulo.

Responsável por nosso pôster e toda a identidade visual deste ano, o cartunista Maurício de Sousa nos honra com a singela imagem de seu primeiro personagem, Piteco, criado em 1964 —imagem que evoca o mito da caverna de Platão, nossa necessidade ancestral de imagens que nos comovam e nos representem.

Como todo ano, expandimos nossos horizontes e tentamos levar nossa seleção para fronteiras além da cidade. Agora, iniciamos uma grande parceria com o SESC para promover sessões de dez filmes da seleção em oito cidades do interior do Estado.

Nossos agradecimentos à Imprensa Oficial, que além do catálogo edita o terceiro volume do ciclo de depoimentos Os Filmes da Minha Vida, reunindo os depoimentos inestimáveis dados em 2010 por cineastas e cinéfilos do calibre de Wim Wenders, Fernando Meirelles e João Moreira Salles. E à FAAP, que sedia as Master Classes e oficinas com nossos convidados que vêm a São Paulo.

Enfim, nossos agradecimentos a todos os parceiros que contribuem para a realização desta 35ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo: à Petrobras, que este ano completa dez anos de patrocínio; Stella Artois, Secretaria de Cultura da Prefeitura de São Paulo, banco Itaú e operadora Oi, entre tantos outros. Sem eles, nada do que sonhamos seria possível.

Leon Cakoff e Renata de Almeida
Diretores
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