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43ª MOSTRA INTERNACIONAL DE CINEMA

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EDITORIAL - 28ª Mostra



BEM-VINDOS A SÃO PAULO


“Não se deve creditar ao passado de uma cidade o que dela não se espera no presente ou no futuro. As marcas de uma cidade não existem por capricho de bons ou maus arquitetos e urbanistas. As marcas de uma cidade são gravadas pelo povo que as têm.” A crônica é interpretada por Caetano Veloso no longa produzido pela Mostra Internacional de Cinema, Bem-Vindo a São Paulo, com a contribuição de diversos cineastas convidados. O trecho da crônica coincide com a homenagem que a Mostra presta este ano ao cineasta israelense Amos Gitai, arquiteto de formação antes de se tornar um dos cineastas mais empenhados pela paz no Oriente Médio.

Em parceria com a Cosac Naify e a FAAP, a Mostra apresenta, além da retrospectiva Amos Gitai, uma exposição com impressionantes fotos saídas de seus filmes, e o lançamento de um livro de importância fundamental. Amos Gitai também assina as artes da 28ª Mostra BR de Cinema.

A Mostra dedica Bem-Vindo a São Paulo ao cineasta Abbas Kiarostami. O mestre do cinema humanista terá uma progressão completa de sua obra, uma viagem iniciática rumo ao despojamento. Além de seus filmes imprescindíveis, teremos, com as mesmas parcerias, o lançamento do livro referencial Abbas Kiarostami de leitura obrigatória para quem quer trilhar os cativantes percursos deste grande pensador. Os caminhos de Abbas Kiarostami poderão ainda ser percorridos na exposição de suas fotos que, como as de Amos Gitai, estarão na FAAP.

Vamos discutir na Mostra os caminhos e o futuro do cinema, da realização à exibição, com as novas linguagens do recurso digital. Esta celebração prossegue com Guy Maddin. O arrojado experimentalista traz ao cinema a lembrança das origens e raízes desta arte que desde o seu princípio parece estar materializando sonhos e arquivos do inconsciente.
Atenta aos rumos do cinema mundial, a produção brasileira também revela suas inquietudes e nos integra neste vasto panorama criativo. Guiemo-nos com olhares estrangeiros para ver melhor a paisagem que nos cerca. Assim como o mestre Kiarostami, que alcança a dimensão universal sem abdicar da sua marca particular.

Renata de Almeida - Produtora e Diretora de Programação
Leon Cakoff - Diretor



PORQUE É PRECISO RENOVAR O OLHAR


A maior cidade do país tem culturalmente um compromisso com a renovação do olhar. São esperados mais de 150 mil espectadores durante a 28ª Mostra BR de Cinema - Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, para uma programação que em geral passa ao largo das salas comerciais. Uma janela para a diversidade, para a produção independente.

Nesse sentido, o patrocínio da Mostra se enquadra entre as principais diretrizes do Programa Petrobras Cultural no que diz respeito à difusão de cinema e à formação de público. Durante duas semanas serão exibidos cerca de 300 filmes, representando a produção atual de mais de 40 países. No âmbito nacional, são pelo menos quatro premiações para filmes brasileiros nas categorias documentário, longa e curta-metragem, além de uma premiação especial para novos diretores.

A programação ainda inclui um circuito de quatro espaços de exibição com entrada franca, sessões para estudantes de escolas públicas através do Festival da Juventude, debates com diretores e premiação por júri popular. Um estímulo exemplar para a visibilidade do cinema do país e para a democratização do acesso à cultura.

Petrobras Distribuidora S. A.


FAAP NA 28ª MOSTRA


São Paulo, por ocasião da 28ª Mostra BR de Cinema - Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, se transforma na capital mundial do cinema. Durante duas semanas, milhares de olhos e ouvidos atentos estarão em fina sintonia com o melhor da produção audiovisual dos últimos anos. Filmes de diferentes contextos socioculturais somados à presença de diretores, curadores e críticos dos mais importantes centros internacionais de produção, estarão lado a lado, usufruindo a mesma esperança e o mesmo sonho de um mundo menos dissonante.

Essa reunião de temas, tendências políticas e visualidades geográficas tão diferentes é o que fascina o espectador desse cinema de expressão singular, que é produzido para provocar, instigar e gerar um aprendizado prazeroso resultante dessa diversidade.

A FAAP —Fundação Armando Álvares Penteado— participa desse projeto porque acredita que projetos culturais dessa envergadura são necessários para o fortalecimento de uma indústria cinematográfica nacional que, na última década, tem dado sinais positivos de recuperação e desenvolvimento. Nossos alunos de cinema da Faculdade de Comunicação têm sido premiados em quase todos os eventos, nacionais e internacionais, na categoria 16mm e curta-metragem, como no último Festival de Gramado, quando ganhamos todos os prêmios destinados a esse formato.

Os prêmios são os resultados de um trabalho sério, centrado em investimentos e tecnologia, grade curricular compatível com as exigências do mercado, ousadia e muita criatividade dos nossos alunos e professores.

A participação efetiva da FAAP na Mostra Internacional de Cinema significa também querer estar ao lado daqueles que buscam contemplar o futuro do cinema brasileiro a partir dessas diferenças. Compartilhar essa experiência é manter a Instituição na vanguarda da cultura cinematográfica do país.

Antonio Bias Bueno Guillon
Diretor-Presidente da FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado)



O CINEMA COMO REFLEXÃO


Consciente do papel do cinema no que diz respeito à difusão da informação e do conhecimento, ao estímulo à reflexão e ao enriquecimento do imaginário, é com satisfação que o SESC participa da 28ª Mostra BR de Cinema - Mostra Internacional de Cinema em São Paulo.

A Mostra traz a público uma seleção de filmes estética e intelectualmente arrojados. São filmes que refletem a pluralidade cultural e social de nossa época, produções em que o olhar sobre o outro está sempre presente.

Esses olhares e os diferentes modos de construí-lo confirmam-se como eixo central do evento. Evento, ressalte-se, delineado na perspectiva de uma apropriação crítica, atitude que propaga e favorece.

Daí a relevância do compromisso assumido com a formação de novos públicos, notadamente estudantes, para quem estão programadas sessões especiais. Este é um aspecto caro ao SESC, um princípio que põe em prática através da disseminação de manifestações artísticas e culturais que contribuem para consolidar a formação individual e coletiva por meio da educação informal.

O cinema como discurso, reflexão, experiência e sonho poderá ser visto na Mostra, horizonte que instiga o entusiasmo do SESC.

Danilo Santos de Miranda
Diretor do Departamento Regional do SESC de São Paulo



HOMENAGEM A ABBAS KIAROSTAMI


Presente mais uma vez em São Paulo, o cineasta iraniano Abbas Kiarostami ministra uma oficina de cinema e uma aula magna na Fundação Álvares Penteado, apoiadora da Mostra. Além disso, apresenta a exposição As Estradas de Kiarostami, com 52 fotos em preto e branco de muitos dos caminhos captados por sua câmera na região norte do Irã, clicadas pelo diretor entre 1978 e 2003. A exposição é apresentada com a colaboração do Museo Nazionale del Cinema de Turim, onde as fotos foram exibidas pela primeira vez, em 2003, e será mantida na FAAP durante a 28ª Mostra.

A Cosac Naify e a Mostra promovem o lançamento mundial do livro Abbas Kiarostami, com a exclusiva totalidade das fotos assinadas pelo diretor. O volume contém três textos e quatro poemas inéditos de Kiarostami e sua filmografia completa e comentada, além da análise O Real, Cara e Coroa, de autoria do crítico franco-iraniano Youssef Ishagpour.

Kiarostami nasceu em Teerã, em 1940. Cursou a Faculdade de Belas Artes da Universidade de Teerã. Em 1969, funda o departamento de Cinema do Instituto de Desenvolvimento Intelectual para Crianças e Jovens Adultos, que se torna um centro de referência. Aí passaram futuros cineastas como Dariush Mehrjui e Jafar Panahi. Estreou como roteirista e diretor em 1970, com o curta The Bread and Alley, realizando seu primeiro longa, The Traveller, quatro anos depois. Ganhou reconhecimento internacional a partir de 1987, com Onde Fica a Casa do Meu Amigo?, em que afirma uma linha semidocumental. O tom reforça-se em Lição de Casa (1989, 19ª Mostra), baseado em depoimentos de crianças sobre o sistema escolar iraniano, e aperfeiçoa-se em Close Up (1990, 14ª Mostra), em que o diretor acompanha o julgamento de um cinéfilo que se fazia passar por Mohsen Makhmalbaf. Maior projeção ainda mereceu seu trabalho seguinte, Através das Oliveiras (18ª Mostra), que competiu à Palma de Ouro no Festival de Cannes de 1994 e obteve o Prêmio da Crítica da 18ª Mostra. Com estes filmes, o diretor consolida-se como mestre de uma narrativa enxuta, apoiada num enfoque humanista, procurando engajar o espectador em seguir o curso de um tempo que se aproxima à vida real, mediante a identificação com as pessoas comuns, que estão sempre no centro de sua dramaturgia.

Seu projeto seguinte foi o roteiro de O Balão Branco (1995, 19ª Mostra), dirigido por seu assistente Jafar Panahi. Retoma o clássico documentário de Jean Vigo sobre Nice em 1930, dirigindo um dos episódios de À Propos de Nice - A Continuação (1995, 19ª Mostra). Dois anos depois, Kiarostami realiza uma drástica guinada de tom, escrevendo e dirigindo uma séria reflexão sobre o sentido da vida em Gosto de Cereja (21ª Mostra), que venceu a Palma de Ouro em Cannes. Nesse mesmo ano, o festival francês concede-lhe o Prêmio Rossellini, pelo conjunto de sua carreira, enquanto a UNESCO entrega-lhe a medalha Fellini.

O Vento Nos Levará (1999, 23ª Mostra) competiu no Festival de Veneza, obtendo o prêmio especial do júri. Kiarostami filmou pela primeira vez fora do Irã e experimentou o digital em ABC África (2001, 25ª Mostra), um olhar contundente sobre a expansão da AIDS em Uganda. A condição feminina, tema pouco explorado no cinema iraniano, está no centro de Dez (2002, 26ª Mostra), em torno de situações cotidianas na vida de uma jovem mãe, profissional e divorciada. Este filme também concorreu à Palma de Ouro em Cannes. Kiarostami prossegue na análise de temas contemporâneos e urbanos no roteiro de Ouro Carmim (27ª Mostra), também dirigido por Jafar Panahi. Em 2004, o Festival de Cannes exibiu seus dois filmes mais recentes: Cinco e Dez sobre Dez, também incluídos na programação da 28ª Mostra, juntamente com uma pequena retrospectiva de seu trabalho.


RETROSPECTIVA AMOS GITAI


Além de homenageado com uma retrospectiva na 28ª Mostra, o cineasta israelense Amos Gitai prestigia o lançamento mundial de Bem-Vindo a São Paulo, filme produzido pela Mostra do qual ele dirigiu o segmento Modernidade. O cineasta apresentará na Fundação Álvares Penteado a exposição Percursos, reunião de 50 fotos de seus filmes cuja textura foi retrabalhada por ele. Esta exposição foi anteriormente sediada pelo Centro Georges Pompidou, em Paris, de outubro a novembro de 2003 e seu livro-catálogo será lançado pela Cosac Naify em parceria com a Mostra. A mesma editora lança durante a 28ª Mostra o livro Amos Gitai, uma densa análise de sua obra da autoria de Serge Toubiana com Baptiste Piégay. Gitai é o autor do cartaz da 28ª Mostra.

Nascido Amos Weinraub, em Haifa, em 1950, o futuro cineasta adotou também o sobrenome Gitai no final de sua adolescência quando seu pai, o arquiteto Munio Weinraub, mudou o nome da família. A princípio, o jovem seguiu a carreira paterna, estudando no Instituto Technion, em Haifa, e lá mesmo filmando seus primeiros curtas.

Interrompendo a faculdade para o serviço militar obrigatório em Israel, em 1973, vivenciou a experiência dramática de um acidente de helicóptero, atingido em combate, o que quase custou sua vida. A visão próxima da morte desviou-o drasticamente dos compromissos de longo prazo exigidos pela arquitetura, introduzindo-o na urgência do cinema. O jovem que andava com uma câmera super-8, dada pela mãe (ironicamente, não estava com ela no dia do quase fatal acidente de helicóptero), começou a filmar com mais empenho, experimentando primeiro o gênero documentário, também na bitola 16 mm. Depois da guerra, completou os estudos inclusive nos EUA, onde fez seu doutorado em arquitetura na Universidade de Berkeley.

Profissionalizando-se como cineasta, realiza dez documentários para a então única emissora israelense de televisão. Aí mesmo tem seu primeiro encontro com a censura: A Casa (1980) e Diário de Campanha (1982), filmes que abordam o dilema palestino, são proibidos. Depois da amarga experiência, muda-se para Paris, onde vive uma década e continua dirigindo documentários, como o inusitado Abacaxi (1984), sobre o cultivo de abacaxis, e Brand New Day, sobre uma turnê da roqueira Annie Lennox e a banda Eurythmics no Japão. Sua câmera atenta detecta o surgimento do neofascismo na Europa, tornando-se o fio condutor de uma poderosa trilogia de 1994: In the Valley of the Wupper (na Alemanha), In the Name of the Duce (retratando a campanha política da Alessandra Mussollini, neta do ditador italiano Benito Mussollini) e The Queen Mary (sobre um grupo de rock da periferia parisiense). Em 1996, o assassinato do primeiro-ministro israelense Itzhak Rabin desvia de novo sua atenção para os assuntos domésticos no documentário A Arena da Morte (20ª Mostra).

Na capital francesa dá-se o decisivo encontro de Gitai com a ficção, a partir de Esther (1986), livremente inspirado na personagem bíblica, e com o renomado diretor de fotografia Henri Alekan (que fotografou A Bela e a Fera, de Jean Cocteau, em 1946) —com quem o cineasta fará cinco filmes, a partir deste. Exibido na Semana da Crítica do Festival de Cannes, Esther também é considerado o primeiro capítulo de uma "trilogia do exílio", seguido por Berlim Jerusalém (1989), que aborda a imigração de judeus europeus para a Palestina sob domínio britânico (tema que será retomado em Kedma, 26ª Mostra) e venceu o Prêmio da Crítica no Festival de Veneza. A terceira parte desta trilogia é Golem: O Espírito do Exílio, que se relaciona, por sua vez, a outros dois filmes sobre a lenda judaica do Golem: O Nascimento de um Golem (1991) e Golem: o Jardim Petrificado (1992).

Na ficção, Gitai combina sua experiência como documentarista a um agudo senso de colocação da câmera, encontrando nos longos planos-sequência a gramática ideal para a profundidade humanista de suas histórias. Aí virão Kadosh - Laços Sagrados (23ª Mostra), reflexão sobre a permanência da opressão familiar contra a mulher na sociedade judaica e seu primeiro filme a concorrer à Palma de Ouro em Cannes; O Dia do Perdão - Kippur (2000), relato que exorciza sua experiência na Guerra do Yom Kippur e onde, não por acaso, o protagonista chama-se Weinraub, como sua família; Éden (2001) em que adapta Homely Girl, uma história de Arthur Miller e consegue que o próprio dramaturgo interprete um papel; Kedma (Prêmio da Crítica na 26ª Mostra), retomando o choque da chegada dos imigrantes europeus à Palestina ainda sob domínio inglês; e a comédia dramática Alila (27ª Mostra), onde os atritos entre os moradores de um condomínio funcionam como metáfora para os dilemas de Israel.

Nem por ter aderido à ficção, Gitai abandonou o documentário. Continua um trabalho excepcional numa série de filmes sobre as transformações de um vale a oeste de Haifa a partir dos curtas Wadi Rushima (1978) e Wadi (1981) até o mais recente Wadi Grand Canyon (25ª Mostra), quando visita a mesma região 20 anos depois do primeiro filme. Com o segmento Israel, integra o projeto coletivo 11 de Setembro (26ª Mostra), mosaico de visões de diversos cineastas em torno da tragédia de Nova York em 2001.


RETROSPECTIVA GUY MADDIN


Nasceu em 1956, em Winnipeg, Canadá. Antes de começar sua carreira cinematográfica, graduou-se em Economia pela Universidade de Winnipeg. Trabalhou como caixa de banco e como pintor de paredes. Começou a se interessar por cinema ao acompanhar o trabalho de amigos que atuavam na área. Em 1986, debutou com o curta O Pai Morto, que já revelava a linha estilística e a sensibilidade que se tornariam sua marca registrada. Dois anos mais tarde dirigiu seu primeiro longa, o melodrama surreal e expressionista Contos do Hospital Gimli (1988), sobre uma competição entre dois pacientes de um hospital que se transforma num esforço de vida e morte. Foi nesta época que começaram as comparações entre Maddin e grandes nomes como David Lynch, Luis Buñuel e F. W. Murnau.

Ter realizado o primeiro longa não o afastou dos curtas-metragens, formato que sempre relutou em abandonar. Fez três deles no espaço de tempo entre Contos do Hospital Gimli e seu longa seguinte. Em 1989, lançou Mauve Decade, sobre bon vivants indolentes que conspiram para roubar dinheiro para bebida. No mesmo ano fez BBB, documentário de 12 minutos sobre uma cabeleireira de meia-idade, obviamente inspirada em sua mãe, em cujo salão de beleza Maddin costumava passar os dias quando criança. Como das outras vezes, o cineasta envelheceu artificialmente as imagens do filme para remeter a história a um tempo passado. Dirigiu também o curta de quatro minutos Tyro, que retrata 12 horas na vida de um menino vienense pobre.

Arcanjo, seu segundo longa-metragem, lançado em 1990, é ambientado durante a 1ª Guerra Mundial em Archangel, Rússia, cidade do norte varrida pela Revolução Comunista. No filme, todos parecem sofrer de amnésia, ter problemas de identidade e corações partidos, temas pelos quais o diretor sempre mostrou interesse. Foi exibido durante o Festival de Toronto de 1990 e venceu o prêmio da Associação de Críticos Canadenses como melhor filme experimental do ano. Sem nunca esconder seu fascínio pelo cinema mudo russo e alemão, dirigiu em seguida Cuidadoso (1992), produção ambientada num centro imaginário de alpinismo chamado Tolzbad, onde as pessoas falam aos sussurros para evitar possíveis avalanches. Homenagem aos "filmes de montanha" feitos pelos alemães até durante o nazismo, Cuidadoso é uma comédia, mas não no sentido tradicional. Um crítico a descreveu como "surrealisticamente divertida, o tipo de humor que você encontraria num sonho". Trata-se também do primeiro filme em cores do cineasta. A produção abriu a seção Perspectiva Canadá do Festival de Toronto de 1992.

Depois de mais uma temporada dirigindo curtas, fez Crepúsculo das Ninfas de Gelo, sobre um homem chamado Peter que retorna da prisão para sua casa. O filme participou do Festival de Toronto de 1997. Em 2001, rodou seu quinto longa, Drácula: Páginas do Diário de Uma Virgem, versão em película de uma produção do Real Ballet de Winnipeg sobre a clássica história de horror. Maddin homenageou mais uma vez os filmes mudos clássicos em preto e branco, apontando sua câmera para a sensualidade e o erotismo do mito do vampiro. A produção amealhou vários prêmios internacionais, entre eles um Emmy. Em 2003, foi a vez do longa A Música Mais Triste do Mundo, selecionado para a 27ª Mostra.

Mistura alucinante de expressionismo alemão e o anti-humor canadense, sempre com roteiros insólitos que exploram a sexualidade e o grotesco, assim pode ser resumido o cinema de Guy Maddin. São 26 filmes divididos ao longo de uma carreira prolífica e que vem brindando o espectador com momentos originais. Apesar das muitas comparações com outros grandes nomes das telas, sua habilidade em misturar o olhar, a sensação e o som do velho com o humor e a ironia do novo é original e merece atenção.
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