Debate sobre “Depois a Louca Sou Eu” aborda caminhos da adaptação literária
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Foi num clima de muita descontração que se desenrolou o debate que se seguiu à sessão de estreia de Depois a Louca Sou Eu. A conversa contou com a diretora Júlia Rezende, o roteirista Gustavo Lipztein, a escritora Tati Bernardi, autora do livro que deu origem ao filme, e a atriz Débora Falabella, protagonista dessa comédia dramática.

Juntos, eles falaram sobre os caminhos que o livro percorreu até tornar-se um filme. Júlia contou que o plano inicial era que a própria Tati fizesse o roteiro. Mas o plano falhou porque a escritora tinha muita dificuldade de descolar-se de si mesma e de entender que Dani, a personagem, não era ela. Chegou então Gustavo que, nas palavras de Tati, “juntou todos os seus namorados em um só”.

Tati, com suas tiradas rápidas, arrancou risos da plateia que ficou para a conversa após a sessão. O filme, por sua vez, apesar de fazer rir, sobretudo no começo, procura também mostrar o sofrimento que o transtorno de ansiedade impõe à personagem principal.

Júlia Rezende, diretora de comédias de sucesso, como Meu Passado Me Condena, diz ter desejado fazer um retrato do que ela chama de “geração Rivotril”, uma geração que, por uma razão ou por outra, às vezes, simplesmente, “não dá conta”.

O debate de Depois a Louca Sou Eu integra um conjunto de conversas da 43ª Mostra que procura estabelecer as relações entre palavra e imagem, ou entre livro e filme.

Ana Paula Sousa

43ª MOSTRA INTERNACIONAL DE CINEMA

43ª MOSTRA INTERNACIONAL DE CINEMA