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43ª MOSTRA INTERNACIONAL DE CINEMA

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Miguel Lobo Antunes, ator de “Technoboss”
21 de Outubro de 2019
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Miguel Lobo Antunes, ator de “Technoboss”

“O filme é sobre o medo de ficar sem trabalho, mas isso se transforma em uma história de amor. O personagem começa uma vida nova aos 60 anos”



Miguel Lobo Antunes estava em uma festa quando recebeu um convite inesperado de João Nicolau, amigo de seus filhos. Ele estava preparando as filmagens de Technoboss, seu novo filme, e chamou Miguel para fazer um teste.

Miguel trabalhou na direção de eventos culturais e de um instituto de cinema, mas nunca tinha atuado ou cantado. Para sua surpresa, passou no teste e ganhou o papel do protagonista.

Em Technoboss, ele interpreta Luís Rovisco, um sexagenário divorciado que está prestes a parar de trabalhar. Na maioria das vezes atrás do volante do carro, ele prefere cantar para espantar as dificuldades: a tecnologia que não entende bem, um patrão misterioso e ausente, uma persistente dor no joelho e o luto pela morte de seu gato, Napoleão. Ele encontra uma antiga paixão, Lucinda, e, na frente dela, a música é outra.

Abaixo, o ator fala do filme e de como entrou no projeto.

Como você se envolveu no projeto? Por que quis o papel?

Bem, eu não sou ator nem cantor. O personagem canta e é o protagonista do filme, está sempre em cena. Filmei todos os dias. E eu aceitei porque o João pediu. Inicialmente, ele queria um ator profissional. Começou a fazer o casting e depois me viu numa festa e falou que gostaria de fazer um teste comigo. Ele é muito amigo dos meus filhos. Me perguntou se eu me importaria em fazer um teste, eu falei que não.

Fui meio na brincadeira, porque nunca pensei que fosse ser selecionado. Passei na primeira eliminatória, fiz o segundo teste e acabei passando. Ele fez casting com todos os atores e cantores portugueses conhecidos, com a minha idade, nos 60, 70 anos, que é a idade do protagonista.

Ele me escolheu e eu confiei na escolha dele.

Você nunca tinha atuado antes? Não tinha nenhuma experiência?

Nunca na minha vida. Nem profissionalmente, nem como amador. Sou formado como jurista, mas profissionalmente fiz muita coisa. Trabalhei principalmente na gestão cultural e programação cultural. Dirigi eventos culturais, fui diretor de um instituto de cinema em Portugal nos anos 1980. Desde então, venho trabalhando na área cultural. Mas nunca tinha feito nada como ator.

Quanto tempo levou para gravar o filme?

Foram sete semanas. Umas onze horas por dia, seis dias por semana. Para mim, foi muito tempo. Porque eu tinha que estar em todas as cenas, e foi muito cansativo. Os outros atores filmavam dois, três dias e iam embora. Menos a Luisa Cruz que faz o papel da paixão do personagem.

“Technoboss” é um filme que mostra a terceira idade por outro ponto de vista, é bem diferente de outros filmes sobre o tema…

Sim, eu que já estou na terceira idade até achei que o personagem ainda não está na terceira idade [risos]. É um homem que está no final de sua carreira profissional e que vai se aposentar em breve. E ele tem uma angústia com isso. Essa angústia aparece algumas vezes, eu nem falo muito disso no filme. No final das contas, é sobre o medo de ficar sem trabalho - eu passei por isso, é muito difícil -, mas isso se transforma em uma história de amor. Ele começa uma vida nova.

Apesar de o personagem ter essas angústias, ele também tem muito humor.

Sim, é um personagem muito divertido. O João teve ideias muito malucas e engraçadas. Tem essa parte e a parte mais melancólica: as canções são melancólicas, eu tenho muito desgosto quando o gato morre, por exemplo. Mas é um personagem realmente divertido. O filho se separa, ele não fica contente com isso, mas aceita. Ele é uma pessoa normal.

Você pegou um personagem complexo, com muitos níveis emocionais, logo na sua primeira experiência como ator. Como foi a preparação para o filme? Como foi essa experiência?

Foi horrível! [risos] Foi muito, muito difícil. Foi a coisa mais difícil, o trabalho mais difícil que fiz na vida. Me deixou completamente cansado, exausto. No fim, eu não tinha forças para nada. Nesse aspecto, foi muito difícil. E não foi agradável mesmo, não foi alegre. Exceto, em alguns momentos, quando o João me abraçava porque estava contente com o que eu tinha feito. Quando as coisas corriam bem, nesse pequeno momento do abraço, era bom, era uma grande alegria. Mas foi muito difícil, em vários níveis. Decorar o texto foi difícil, e aos 70 anos a memória já não é grande coisa, então fica mais difícil… é tudo complicado porque não sou novo.

E, como você disse, é um papel com muitas nuances, muitos estados de alma… Tem algumas maluquices. Atuar de muleta não é fácil, por exemplo. Cantar também não é fácil. É mais fácil para um profissional… eu acho que isso é muito perceptível, quando eu canto com profissionais, há uma diferença. Eu estava muito tenso entre cada take e o ator profissional que trabalhava comigo estava muito mais calmo. Dá para ver a diferença completamente.

Agora que é só memória - e a memória tende a esquecer as coisas ruins, felizmente -, as coisas boas começam a ficar, então agora é mais divertido.

Você fez alguma aula de atuação ou canto por causa do filme?

Fiz aula de canto. Eu tive muitos ensaios com o diretor musical e também tive uma professora que me deu aulas de canto. Não foram muitas, mas foram suficientes, para minha voz alargar e ter mais noção da respiração, da afinação da voz. Sempre que eu ia interpretar uma canção, eles também me orientavam. Se eu quisesse ser cantor profissional, claro, precisaria de muito mais aulas. Mas foi suficiente com o tempo e orçamento que tínhamos.

Esses ensaios e essas aulas aconteceram depois que sofri um acidente, eu fui atropelado por um carro. Então, eu ainda estava com muitas dores. E esses ensaios foram feitos com muita dificuldade física minha por causa disso. Mas as aulas me ajudaram muito.
No filme, eu usava um ponto no ouvido que me dava o acompanhamento musical. E precisei prestar muita atenção na afinação. Eu nunca tinha cantado, muito menos acompanhado.

Então, tinha muitas coisas que eu não sabia, como as entradas, cantar no tempo certo da música. Uma mesma canção pode ter ritmos diferentes. No meu ponto, tinha um barulho que me dava a deixa para começar a cantar. Se não fossem essas coisas todas, eu não seria capaz de cantar no ritmo. Eu também desafinei algumas vezes, tem uma ligeira diferença de notas… para mim, é ligeira, para cantores profissionais, não. Tudo foi mais difícil porque eu não sabia nada disso, foi muito aprendizado.

Luiza Wolf
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