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43ª MOSTRA INTERNACIONAL DE CINEMA

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Élisabeth Perceval, diretora de “Mata Atlântica“
03 de Novembro de 2016
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"Nós temos a necessidade de, vez por outra, nos livrar das amarras impostas por um filme grande e fazer filmes de amizade"

Ao lado do marido e parceiro artístico Nicolas Klotz, a roteirista francesa Élisabeth Perceval já fez oito longas-metragens, vários curtas e instalações de vídeo-arte. Nos últimos dez anos, para além dos filmes tradicionais - entre eles, o premiado A Questão Humana (2007) -, eles têm realizado uma série de filmes de encontro. Ou, em outras palavras, filmes que nascem de suas andanças pelo mundo e de conversas com gente que cruzam seu caminho. Foi esse o caso de Mata Atlântica, o curta-metragem que eles rodaram no ano passado no Parque Trianon, em São Paulo, e que tem, como narrador, André Novais, diretor de Ela Volta na Quinta.

Como nasceu esse filme paulistano?
Esse filme começou a nascer há cerca de dez anos, quando nós viemos pela primeira vez a São Paulo. Nós ficamos impressionados com a cidade e pensamos: ou ficamos trancados no quarto do hotel ou mergulhamos na cidade. Fizemos a segunda opção. Andamos muito por vários bairros, tiramos fotos e fizemos muitas anotações. No meio disso tudo, fomos especialmente tocados pelo Parque Trianon. Quando entramos nesse parque escondido na avenida Paulista, tivemos o sentimento de que a cidade havia desaparecido e de que havíamos encontrado certa paz. Ali dentro, nós ouvimos os pássaros e, à noite, podemos ouvir os insetos. É quase como um milagre. À época, eu não sabia que aquilo era um pedaço da Mata Atlântica. Nós passamos a chamá-lo de Parque Tourneur, em referência ao [Jacques] Tourneur, o cineasta do fantástico. Para mim, aquele parece um lugar protegido pelos espíritos da Mata Atlântica. Muitos nos diziam que era perigoso ir até lá à noite. Mas nós fomos, encontramos aqueles moradores de rua que dormem ali, e havia algo de mágico naquilo. Tudo aquilo foi nos colocando num universo fantástico.

A ficção, portanto, nasceu das próprias vivências que vocês tiveram ali.
Sim, ela nasceu das sensações provocadas pelo parque. No ano passado, houve uma retrospectiva da obra de Nicolas [Klotz] no Cinesesc e nós começamos a falar sobre isso com várias pessoas. Dentre elas, houve um jovem que nos perguntou se nós havíamos visto a estátua do Fauno [de Victor Brecheret] e nos contou a história dessa estátua. Na conversa com ele, decidimos que, no dia seguinte, iríamos rodar o filme. Pouco a pouco, eu escrevi os diálogos e construí o personagem do homem negro que é retratado como o guardião do parque. Esse homem tem um ar de príncipe, tem uma grande doçura. Nós conversamos com ele e ele aceitou participar do filme. Foi assim que tudo aconteceu. Fizemos um filme que mistura diversos gêneros: o fantástico, o policial, representado pela garota que desaparece, e a história de amor, representada pelo jovem que conta a história do Fauno para sua namorada. Eu escrevi o filme durante uma noite.

Essa é uma nova forma de fazer cinema, não? Uma forma mais livre, mais simples.
Nós temos a necessidade de, vez por outra, nos livrar das amarras impostas por um filme grande e fazer filmes de amizade. Esse jovem que eu encontrei é um cineasta que trouxe seus amigos para fazer o filme. E agora nós temos o projeto de fazer um longa-metragem a partir disso. Ou seja, foi o começo de algo que pode crescer.

É mais fácil fazer um filme assim fora do seu país?
Sim, eu não sei se conseguiria fazer algo assim tão espontâneo na França. Além disso, num outro país nós estamos mais sozinhos. É mais fácil fazer isso em lugares nos quais somos estrangeiros e onde, por vezes, não podemos nem nos comunicar na mesma língua.

Durante a Mostra, você deu um workshop de roteiro. Você falou sobre essa liberdade de criar um pouco fora das regras do roteiro?
Eu falei muito que o roteiro é um objeto transitório, efêmero, que não é uma obra de arte. Um roteiro é um objeto que está a serviço de um filme. Em última instância, depois de ter servido de guia para a equipe, ele será jogado fora. Atualmente, o roteiro adquiriu um enorme poder e esse poder é uma maneira de censura ao cinema. Por que? Porque esse roteiro deve ser escrito de maneira perfeita, seguindo as regras racionais de construção de personagem e, com isso, o cinema desaparece. As pessoas que vão julgar o roteiro, estão julgando o roteiro, não o filme. Isso leva a um empobrecimento da imaginação. Um roteiro bem escrito não virará necessariamente um bom filme.

Mas é preciso ter um bom roteiro, ou um roteiro "enquadrado" para ganhar os prêmios.
Sim e, por isso, na França é cada vez mais comum que se faça um roteiro oficial para ser apresentado às comissões, e outro para ser filmado.

Ana Paula Sousa
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