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“Cada filme é um ser vivo”, diz o produtor espanhol Luis Miñarro no Memórias do Cinema
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03 de Novembro de 2015
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“Cada filme é um ser vivo”, diz o produtor espanhol Luis Miñarro no Memórias do Cinema

Para sua participação no ciclo Memórias do Cinema, parte da programação da 39ª Mostra, o produtor espanhol Luis Miñarro escolheu dez filmes que o marcaram como espectador, por motivos variados, mas significativos. Entre os principais, estão Alemanha Ano Zero (1948), de Roberto Rossellini; A Marca da Maldade (1958), de Orson Welles; Céu e Inferno (1963), de Akira Kurosawa; e A Grande Testemunha (1966), de Robert Bresson, entre outros.

“Cada filme é um ser vivo, um ser autônomo, que traz muito de quem trabalhou nela, mas que tem sua vida própria também. Por isso escolhi os filmes em que trabalhei não necessariamente por causa do roteiro, mas muito pelos personagens, que me representam, me dizem algo. Faço com paixão. Se você não se faz cinema com paixão, está errado.”

Interessado em obras que não estão necessariamente em busca de sucesso de bilheteria, mas sim em sua qualidade e experimentação, o produtor de longas como Tio Boonmee que Pode Recordar Suas Vidas Passadas (2010, 34ª Mostra), de Apichatpong Weerasethakul, e Medianeras: Buenos Aires da Era do Amor Virtual (2011), de Gustavo Taretto, relembrou que na infância frequentava um cinema muito próximo de sua casa, em Barcelona.

“Era o Cine Venus, onde eu passava as noites de sábado. Meu pai tinha deixado de trabalhar, minha mãe fazia uma torta de batatas com salada russa, que a gente levava ao cinema. E jantávamos todos ali mesmo porque era permitido”, recordou ele.

Miñarro ressaltou que nessa época a Espanha vivia a ditadura franquista e que o cinema era “um lugar maravilhoso de válvula de escape, para se fugir da realidade.” Para ele, que cresceu em uma ditadura, a única distração, além dos esportes, era ir ao cinema. “Eu e minha irmã queríamos sempre escolher os filmes proibidos pela Igreja. As produções tinham quatro classificações, como 1, 2, 3 e a 4 era claramente perigosa. Eram essas que os católicos não deveriam ver. Mas eram justamente essas que a gente queria ver e via”, revelou.

Assim foi o primeiro e decisivo contato de Miñarro com o cinema, que, depois, passou a frequentar cineclubes. “Os filmes vinham com pedaços faltando e a gente podia inventar o que não havia. Era um exercício de construir o filme junto com a exibição. Mas assim pude ver longas como Nosferatu (1922), de Friedrich Murnau, e muitas outras influenciadas pelo expressionismo alemão”, recordou o produtor.

Para ele, ter acesso à cinematografia que fugia do cinema americano lhe conferiu um olhar plural e eclético sobre o cinema. “Acho que vi tantos filmes que até hoje me interessam os que deixam de alguma forma uma porta aberta ao espectador, para que ele possa acabar de completá-los, sem tentar manipular o público, para que esteja envolvido com o filme. Filmes interessantes são os que mexem com nossa cabeça e nos dão ideias”, declarou Miñarro, que também foi um dos produtores do longa brasileiro Girimunho (2011), de Clarissa Capolina e Helvécio Marins Jr., e O Segredo das Águas (2014, 38ª Mostra), de Naomi Kawase.

Passada sua época de cineclubista, Miñarro escreveu críticas de cinema em uma revista especializada, a “Dirigido Por”, mas, em vez de afirmar se os filmes eram bons ou não, gostava de ressaltar que portas lhes haviam aberto, que ideias traziam. Em seguida, estudou publicidade. Em 1995, abriu, com alguns sócios, sua própria produtora, a Eddie Saeta, com a qual realizou dezenas de produções.

Além dos já citados, com a Eddie Saeta Miñarro trabalhou com diretores como Lisandro Alonso, José Luis Guerín, Albert Serra, Marc Recha, Javier Rebollo, e Manoel de Oliveira, de quem produziu O Estranho Caso de Angélica (2010), que abriu a 34ª Mostra. “Manoel me deu muita coragem para continuar. A melhor fase de sua carreira começou depois dos 60 anos. E ele é a prova de que a idade não significa nada para a criatividade. Pode ser uma limitação física, mas não um condicionante criativo. Jamais!”

Entre os filmes que comentou, também destacam-se A Palavra (1955), de Carl Theodor Dreyer; Viridiana (1961), de Luis Buñuel; Um Corpo que Cai (1958), de Alfred Hitchcock; Os Sapatinhos Vermelhos (1948), de Michael Powell e Emeric Pressburger; A Doce Vida (1960), de Federico Fellini; Faraó (1966), de Jerzy Kawalerowicz.

“São filmes que não necessariamente são os melhores do mundo, nem são todos os meus favoritos, mas cada um traz um elemento especial. Viridiana, por exemplo, é um dos filmes que, como o cinema de Buñuel, desafiou muitas convenções”, analisou o produtor.

“A Doce Vida é um filme ainda moderníssimo. A Grande Testemunha me ensinou muito sobre os animais, para quem eu nunca havia olhado com atenção antes de ver este filme. Já Um Corpo que Cai eu escolhi por causa da Kim Novak. Acreditam que quando eu vi este filme, muito jovem, consegui o endereço dela e escrevi para ela? E não é que seis meses depois chegou uma carta para mim com uma foto dela, em branco e preto, linda. Quem sabe foi a secretária dela que mandou, mas para mim foi incrível”, relatou Miñarro.

“Mas, independentemente da minha paixão por Kim, este é um grande filme de Alfred Hitchcock. Tem grandes sequências, como, por exemplo, a da escadaria. Aquela cena tem um simbolismo que vai além de apenas um quadro bem filmado. Hitchcock conseguiu produzir cinema em Hollywood com seu toque muito pessoal, era um verdadeiro autor.”

Flavia Guerra

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